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ESPIRITISMO O BOOM ATUAL

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Literatura Espírita, o grande comércio atual.

Cada vez mais o Espiritismo sai da obscuridade, com crescimento vertiginoso, sendo cada vez mais aceito por todos.

À medida que é conhecido, estudado, barreiras são eliminadas. Livros como: O Livro dos Espíritos, O Evangelho Segundo o Espiritismo, a obra psicografada por Chico Xavier e tantos outros autores espíritas sérios, vão levando o Espiritismo a um patamar onde todos estão cada vez mais, entendendo melhor o Espiritismo.

Até ai então tudo bem... 

Mas nos dias de hoje, contando com este interesse cada vez maior pela leitura espírita, Editoras e Livrarias abrem espaços cada vez maiores em suas prensas e prateleiras para Literatura Espírita, estão enxergando ai um filão milionário, todos os dias surgem livros e mais livros chamados Espíritas. E nessa explosão, surgem vários campeões de vendas, romances espíritas, mediúnicos, explorando estes livros, o mundo espiritual, riquíssimo em detalhes, com narrativas prolongadas fazendo–nos “passearmos” por estes locais.

Mas estes livros são realmente espíritas? Como poderemos explicar este fenômeno recente, este “boom” de vendas?

Paremos um momento para refletir sobre esta questão...

Quando alguém se interessar por um livro espírita, logicamente vai procurar em alguma livraria ou perguntar a alguém se conhece algum livro espírita, o que poderia ser indicado para a leitura. Pode estar nascendo ai uma opinião totalmente errada sobre a Doutrina Espírita, citaremos um romance como exemplo onde somente existe a narrativa de fatos ocorridos em algum local, em uma cidade, em uma fazenda, personagens de uma novela, etc... Mas é somente isto, onde estará o ensinamento dentro desta narrativa? Não que eu seja contra os romances, mas está sendo necessário um maior estudo por parte de autores, editoras e livrarias, antes da publicação destes romances, é necessário conter nestes livros, um pouco sobre a Doutrina Espírita e seus ensinamentos, não somente personagens de uma novela, onde há apenas encontros e desencontros (nesta vida ou em outras passadas).

Como controlar isto, acho impossível, pois a Doutrina Espírita é de livre-arbítrio, e não nos foi revelado a época que necessitávamos de ícones para nos indicar o que fazer, o que ler, etc e etc... cabe aqui o nosso discernimento e entendimento. Editoras estão lucrando muito nas publicações indiscriminadas de “Livros Espíritas”, lógico, estão no papel delas, agora cabe a nós que temos o livre-arbítrio de adquiri-los ou não. 

Estamos necessitados de campanhas junto a Autores, Editoras e Livrarias, para a criação de um Conselho Editorial, composto por pessoas sérias, onde realmente serão estudados estes romances e demais livros espíritas, para posteriormente serem publicados, mas infelizmente não é isto que vem acontecendo.

Kardec nos alertou que dentro da Doutrina Espírita, tudo deverá passar pelo crivo da lógica e da razão, com concordância dos Espíritos, mas também não é isto que vem acontecendo.

Dirigentes de Centros Espíritas deverão estar sempre alertando, indicando e divulgando opiniões sérias do que deverá ser lido, estudado, ouvido ou assistido, cabe aos Centros Espíritas estudar e indicar livros, cds, dvds, revistas, etc.

Não podemos ir na “onda” de Editoras, não estamos ganhando nada com isto, estamos sim perdendo oportunidades de serem apresentadas obras realmente que vãonos ajudar e divulgar o verdadeiro Espiritismo, puro e simples, estas obras com certeza estão por ai esquecidas em gavetas de editores.

Vamos fazer uma corrente com elos fortes no compromisso de procurarmos livros, cds, dvds, revistas, etc., que realmente nos engrandece, nos aproxima mais de nossa missão e nos aproxima mais do Evangelho de Jesus.

Meus amigos, vamos refletir uma, duas, cem vezes antes de indicarmos ou lermos algum livro, simplesmente por ter uma capa bonita, páginas bem elaboradas, pensemos antes de tudo no seu conteúdo.
Não existe somente uma categoria de espíritos encarnados e desencarnados, não podemos aceitar tudo o que está nos livros, ditado por espíritos ou não.

Antes de comprarmos um livro atual lembremos que ainda não conhecemos bem a Obra Básica, A Revista Espírita, os Livros de Leon Dennis, Chico Xavier e tantos outros que deixaram uma literatura vasta para ser estudada e compreendida.

Pensemos nisto.


Este texto recebi por email, e estava sem identificação, por isso não coloquei o autor, mas se for encontrado,  é claro que colocarei o nome dele aqui sem problemas.

Saudações.
Namaste! 

Norma Lúcia
 

A verdade é para quem a procura sinceramente

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'A verdade é para quem a procura sinceramente, não para quem tem apenas curiosidade ociosa. É fácil acreditar quando se vê: dispensa a busca e o esforço. Descobrem a verdade além dos sentidos os que a merecem por terem vencido o seu natural ceticismo materialista.'

Mahavatar Babaji


Simplesmente magnífico o Mahavatar Babaji, um Mestre do Yoga, muito forte e rico de luz e do mistério que a luz  nos brindou. 
Namaste! 

Norma Lúcia

SOMOS CAPAZES DE TOMAR CONTA DE NOSSOS PENSAMENTOS?

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  É impossíveldescrever todasasboas qualidadesdeum ser que atingiu a iluminação. A compaixãode um Buda,a sabedoriae opoderestão completamente fora deconcepção.
 Comnada que possa obscurecersua mente,eletodosos fenômenos douniverso tão claramente comoele vêumajoia napalma desua mão.Pela forçadesuacompaixão,umBuda executa espontaneamente oque for apropriado parabeneficiar os outros.Elenão tem necessidade depensarsobreo queéamelhormaneiradeajudar os seres vivos-eleagenaturalmente esem esforçoda maneiramaisbenéfica.Assim comoo solnãoprecisamotivar-separairradiarluzecalor, maso fazsimplesmenteporquea luze ocalorsãosua própria natureza,portanto, umBudanão precisamotivara si mesmoem benefício de outros, masfá-losimplesmenteporqueestásendobenéfica para suaprópriaa natureza.

"Há um ditado ch’an (zen) que diz: “Não há nada que não possamos realizar quando somos capazes de nos concentrar, sem oscilações.” Quando o pensamento é sereno, o universo torna-se luminoso. 

O pensamento é como um lago: quando a superfície é plácida e calma, tudo se reflete com nitidez. Mas, quando o pensamento fica turbulento, tornamo-nos incapazes de enxergar nitidamente nossa verdadeira natureza. Por isso, devemos sempre manter pensamentos corretos para “cultivar qualquer bondade que porventura ainda não possuímos e desenvolver as já existentes e prevenir o desenvolvimento de qualquer mal e cessar os já existentes em nós.”

 Se formos capazes de tomar conta de nossos pensamentos, ainda que não alcancemos a budeidade, ao menos estaremos mais próximos de nos tornar santos e sábios!"

 Assim,  cada ser vivente poderá tomar de seus pensamentos se assim praticar continuamente e perseverantemente. 

O que acontece é que iniciam a prática e deixam de fazê-lo na primeira crise de 'preguicite aguda'.  E depois o preguicento  fala mal da técnica que ele mesmo não praticou, tampouco  perseverou. 

E a vida segue seu rumo,com ou sem a sua continuidade.
Quem perde???

Que tenho um excelente dia! 
Saudações luminosa.
Namaste!

Norma Lúcia

 
 Trecho do livro Receita para o coração, Venerável Mestre Hsing Yün, Escrituras Editora, São Paulo, 2007.

Fonte:
 http://books.google.com.br/books?id=p-MDJL_PIKkC&pg=PA71&lpg=PA71&dq=N%C3%A3o+h%C3%A1+nada+que+n%C3%A3o+possamos+realizar+quando+somos+capazes+de+nos+concentrar,+sem+oscila%C3%A7%C3%B5es.%E2%80%9D+Quando+o+pensamento+%C3%A9+sereno,+o+universo+torna-se+luminoso.&source=bl&ots=hlNfkg-xpN&sig=i2mkKOMcdKMXzX1F6Llj7geT4Qw&hl=pt-BR&sa=X&ei=hG57U56yJ42Bqgb01oE4&ved=0CDcQ6AEwAQ#v=onepage&q&f=false
 

Esclarecimento sobre o Espiritismo

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Este texto eu recebi  por email,  escrito pelo Sr. Wilson, mas não tinha sobrenome, por isto não coloquei,  a qualquer momento colocarei se aparecer alguém reclamando. Coisas da internet, risos. 

"Somos frequentemente abordados acerca da natureza das práticas espíritas, mais ou menos nestes termos, dentre outros: “_ Se eu for ao Centro Espírita vou ver os espíritos?” “Morro de medo de Centro Espírita, tenho medo dessas “coisas”. “Se eu for ao Centro, receberei mensagem de meu filho morto?” “Seu Centro é de mesa branca ou preta?” E por aí vai. 
 
Muito naturais estes tipos de dúvida. Chegamos a perceber inclusive, um certo preconceito contra os espíritas em alguns segmentos da sociedade. 


Partindo do princípio que o objetivo de todo jornalística ético e sensato é o de informar bem, com coerência, honestidade, dignidade e imparcialidade, preocupando- se sempre com o indispensável conhecimento da causa que leva a reportar, venho apresentar-lhes uma contribuição em cima de um assunto que muitos profissionais do jornalismo, embora bem intencionados, terminam cometendo equívocos lamentáveis, por uma inexplicável ignorância que compromete os seus nomes bem como o dos veículos por onde vinculam as suas matérias ou reportagens.
Falo com respeito ao assunto Espiritismo, tema este que invariavelmente é visto apenas no campo religioso, o que na verdade não é, e sobretudo, o que é mais lamentável, sempre enfocado com afirmativas de conceitos absurdos, oriundos do "achismo" e também de uma cultura criada na cabeça das pessoas, pela intolerância e a desonestidade religiosa.
Não objetivo aqui defender crença ou fé nenhuma, porque não é isto que está em questão. Só quero mesmo prestar contribuição ao gigantesco segmento honesto do jornalismo acerca de uma coisa, como ela realmente é, para que ele esteja melhor informado, sem a menor pretensão de querer fazer com que nenhum profissional o aceite, concorde com os seus postulados e, muito menos, se converta.
Vamos aos assuntos:

Espiritismo não é igreja
 
Em princípio corrijam a conceituação inicial: Espiritismo não é simplesmente religião. Ele não veio ao mundo com objetivo nenhum de ser religião. Trata-se de uma doutrina filosófica, com base calcada na racionalidade, na lógica e na razão, apenas com conseqüências religiosas, haja vista que os seus adeptos ficam livres da submissão a qualquer religião, por não serem obrigados a coisa nenhuma e nem serem proibidos de nada. Há centros espíritas que se portam como se fossem igrejas, mas isto é produto da concepção equivocada dos seus dirigentes, que ainda sentem a necessidade da rezação, em que pese o Espiritismo ser algo muito acima disto.

Não existe "Kardecismo" , existe "Espiritismo".
 
O jornalista equivocado costuma utilizar-se da expressão "kardecismo", para identificar algo que ele imagina ser uma "ramificação" do Espiritismo, achando que Espiritismo é um "montão de coisas" que existe por aí, quando na realidade não é.
A palavra "Espiritismo" foi criada, ou inventada, como queiram, pelo senhor Allan Kardec, exclusivamente, para denominar a doutrina nova que foi trazida ao mundo, por iniciativa de Espíritos, e que tem os seus postulados próprios.
Portanto, qualquer crença ou prática religiosa que utiliza-se da denominação "Espiritismo" , fora desta que se enquadre nos seus postulados, está utilizando-se indevidamente de uma denominação, mergulhando no campo da fraude. Daí a verdade que o nome disto que vocês chamam de "kardecismo" , verdadeiramente é "Espiritismo" .
Apenas para clarear o campo de conhecimento dos que ainda têm dúvidas, em achar que Candomblé, Cartomancia, Necromancia, Umbanda e outras práticas espiritualistas é Espiritismo, vai aqui uma pequena tabela, exemplificando algumas práticas de alguns segmentos, para apreciação daqueles que consideram relevante o uso da inteligência e do bom senso, a fim de um discernimento mais coerente e responsável.
 

Veja quem adota e quem não adota o quê.

Procedimento, prática ou ritual
Umbanda
Catolicismo
Espiritismo
Uso de altares
Sim
Sim
Não
Uso de imagens
Sim
Sim
Não
Uso de velas
Sim
Sim
Não
Uso de incensos e defumações
Sim
Sim
Não
Vestimentas e paramentos especiais
Sim
Sim
Não
Obrigações aos seus praticantes
Sim
Sim
Não
Proibições aos seus praticantes
Sim
Sim
Não
Ajoelhar-se, sentar-se e levantar-se em seus cultos
Sim
Sim
Não
Bebidas alcoólicas em seus cultos
Sim
Sim
Não
Sacerdócio organizado
Sim
Sim
Não
Sacramentos
Sim
Sim
Não
Casamento religioso e batizados
Sim
Sim
Não
Amuletos, patuás, escapulários e penduricalhos
Sim
Sim
Não
Hinos e cantarolas nos cultos
Sim
Sim
Não
Crença na existência de satanás
Sim
Sim
Não




A Doutrina Espírita ou o Espiritismo, conforme reconhece os CONSELHO ESTADUAL ESPÍRITA da UNIÃO DAS SOCIEDADES ESPÍRITAS DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO, é o conjunto dos ensinamentos ministrados pelos Espíritos Superiores a Allan Kardec, com bases científicas, filosóficas e de consequências religiosas, devidamente codificadas nas obras por ele publicadas, tais como: 


- O Livro dos Espíritos (18/04/1857);
- O Livro dos Médiuns (1861);
- O Evangelho segundo o Espiritismo (1864);
- O Céu e o Inferno (1865) e
- A Gênese (1868). 

 
O vocábulo ESPIRITISMO, neologismo criado por Allan Kardec, compreende a Doutrina transmitida pelos Espíritos, sendo seus adeptos denominados ESPÍRITAS ou ESPIRITISTA.
O Espiritismo, além da crença em Deus e na imortalidade da alma - base de todas as religiões - difere das demais por fundamentar-se na preexistência da alma, nas vidas sucessivas ou reencarnação, na comunicação dos Espíritos com os homens e na pluralidade dos mundos habitados.
A doutrina dos Espíritos, embora respeite todas as crenças, não tem vínculo algum com cultos de origem africana, fetichismo, outros credos, seitas ou rituais de magismo, pois não resulta de qualquer forma de sincretismo relegioso.
O Espiritismo não é responsável pelo uso indevido da mediunidade para fins ilícitos e comerciais, uma vez que tem como norma, para todas as suas atividades, o "DAI DE GRAÇA O QUE DE GRAÇA RECEBESTE", recomendado por Jesus.
Longe de negar ou destruir o Evangelho, o Espiritismo confirma, explica e desenvolve tudo quanto Jesus Cristo disse e fez, tornando mais claras certas passagens que pareciam inadimissíveis, bem como reconhece que a vivência de seus ensinamentos é o objetivo a ser atingido pela humanidade.
Só há um Espiritismo, o que foi codificado por Allan Kardec, não existindo, portanto, diferentes ramificações ou categorias, como "alto" ou "baixo Espiritismo" , "Espiritismo de Mesa", "Espiritismo Elevado" ou outras desse gênero. 

O CONSELHO ESTADUAL ESPÍRITA da UNIÃO DAS SOCIEDADES ESPÍRITAS DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO, interpretando os postulados da Doutrina dos Espíritos - para qual o verdadeiro culto é o interior - esclarece que no Espiritismo não se adota a prática de atos, uso de objetos e cultos exteriores, tais como:
  1. exorcismo;
  2. sacrifícios de animais e muito menos de seres humanos;
  3. rituais de iniciação de qualquer espécie ou natureza;
  4. paramentos, uniformes ou roupas especiais;
  5. altares, imagens, andores ou outros objetos materiais;
  6. promessas, despachos, risca-duras de cruzes, pontos ou hábitos materiais oriundos de quaisquer concepções religiosas ou filosóficas;
  7. rituais e encenações extravagantes de modo a impressionar o público;
  8. confecções de horóscopos, exercícios de cartomancia, jogo de búzios ou práticas similares;
  9. administrações de sacramentos como batizados e casamentos, concessões de indulgências, sessões fúnebres ou reuniões especiais para preces particulares a desencarnados;
  10. talismãs, amuletos, orações miraculosas, bentinhos, escapululários, breves ou quaisquer objetos semelhantes;
  11. pagamentos e ou contribuições de qualquer natureza por benefícios prestados;
  12. atendimentos de interesses materiais para "abrir caminhos";
  13. danças, procissões e atos análogos;
  14. hinos ou cantos em línguas mortas ou exóticas;
  15. incenso, mirra, fumo, velas ou substâncias outras que induzam à prática de rituais;
  16. qualquer bebida alcoólica ou substâncias alucinógenas. 
O CONSELHO ESTADUAL ESPÍRITA da UNIÃO DAS SOCIEDADES ESPÍRITAS DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO, por fim, só reconhece como legítimos Centros Espíritas as instituições que vivenciam a Doutrina Espírita tal como está claramente definido nesta Diretriz. "
 


Saudações!
Abraços sublimes
Norma Lúcia
 


 Fonte:
http://www.gruporamatis.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=216:esclarecimento-sobre-o-espiritismo&catid=63:artigos&Itemid=175

A NATUREZA DA INTEREXISTÊNCIA

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“Sabemos que uma flor é feita somente de elementos não-flor, isto é, luz solar, terra, água, tempo e espaço. Tudo no cosmo vem junto para realizar a presença de uma flor, e a essa condição sem limites chamamos de elementos não-flor.” Sabedoria do I Ching

Isso não são apenas palavras. É a nossa experiência, o fruto de nossa prática de observar profundamente. Podemos ver a natureza da interexistência, olhando qualquer coisa. Um eu não é possível sem elementos do não-eu.

Olhando profundamente qualquer coisa, vemos o cosmo todo. O um é feito de muitos.
Abrindo um campo para pessoalidade, se cuidarmos bem de nós mesmos, caminhamos para cuidar bem dos outros ao nosso redor. Assim a minha felicidade e estabilidade também influencia na deles. Da mesma forma a minha maldade não redimida potencializa a maldade dos outros.

Perceba o pensar e o não pensar. E depois me conte...
Abraços em sua natureza interexistencial.

Norma Lúcia




APOMETRIA

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A Cura Pelo Espírito

“ Nem sempre o mal que nos aflige pode ser curado por substâncias químicas. ”



A Apometria surgiu há mais ou menos 40 anos, como recurso terapêutico empregado por um médico chamado Dr. José Lacerda de Azevedo. Foi em Porto Alegre que esse estudioso da Física Quântica descobriu ser possível a cura de seus pacientes utilizando essa técnica fantástica. Percebeu que, empregando impulsos magnéticos, conseguia desdobrá-los, doutrinar e encaminhar possíveis vítimas do passado reencarnatório e obtendo assim a alta de muitos enfermos. Curava a alma e isto se refletia no físico como  

“cura aparentemente milagrosa”.

A Medicina tem acompanhado de perto essa terapêutica através dos workshops promovidos pelo terapeuta espírita José S. Godinho, do Centro Espírita Ramatis de Lages SC. São inúmeros médicos que se inscrevem e participam.

Para explicar melhor, Apometria é a ciência, aliada ao Espiritismo, numa busca animadora de cura para doenças aparentemente incuráveis.

Enfermidades de difícil diagnóstico e tratamento como fobias, distúrbios, psicoses, traumas, síndromes e medos absurdos e inconcebíveis, como também enxaquecas crônicas, problemas de comportamento, vícios, muitas vezes originados no passado milenar das criaturas, acabam desaparecendo nos atendimentos apométricos.

A Apometria trabalha limpando nossos corpos sutis, num desdobramento anímico para curar nossos apegos, neuroses e complexos de vidas passadas comprometidas com o erro.
É estudo profundo, de muita disciplina, responsabilidade e respeito ao ser humano, seja ele encarnado ou desencarnado. Não se julga, apenas transmuta-se, reconstitui-se, orientam-se e encaminham-se os assistidos para instituições assistenciais do mundo espiritual. Todos nós nos situamos na posição de vítimas ou algozes, fomos senhores ou escravos, traímos ou fomos traídos, erramos muito e acertamos algumas vezes.


Como espíritos que todos somos, por conta de nossa ignorância, rebeldia e irresponsabilidade, vivemos robotizados e num círculo vicioso de encarnações mal sucedidas, cometendo extravagâncias, excessos e maldades sem conta, contabilizadas como desvantagens tremendas para a nossa evolução. Resta-nos colher do joio que plantamos as dificuldades, os obstáculos e vicissitudes... Mas a misericórdia Divina nos alcança através dessas terapias conhecidas no nosso ontem e só agora “bem utilizadas”.
Vale dizer que apenas uma minoria vem se esforçando, se doando, fazendo com que suas horas se dilatem para que possam se fazer presentes, dispostos, disponíveis, desinteressados e em busca dos bens imperecíveis. O verdadeiro salário que gratifica, sensibiliza e satisfaz plenamente é este: o da alegria! Tivessem todos este ideal de vida e o nosso planeta de provas e expiações seria já de amor, paz e luz...
Não devemos esmorecer, mas nos unirmos e nos fortificarmos nessa corrente para frente, nessa certeza de não laborarmos sozinhos. Uma equipe de leais missionários da luz nos dão guarida nessa tarefa abençoada de socorrer multidões de aflitos, desorientados e desajustados de toda sorte, que nos rodeiam, solicitam e inspiram boas obras.

Para aqueles que vão se juntar a nós na tarefa de socorristas e trabalhadores da última hora, devemos lembrar que o estudo do Espiritismo, das obras básicas da codificação e outras leituras edificantes e informativas, aliadas à prática da “reforma íntima” constante e uma intensa vontade de servir ao semelhante, com fé e confiança absoluta na espiritualidade, farão a diferença, pois aquele que chega por curiosidade logo se vai, e não permanece, aquele que ainda não tem certeza do caminho que deseja seguir... Gostaríamos de frisar que nós que labutamos nessa difícil empreitada, não estamos imunes às ocorrências problemáticas do dia-a-dia, pois estamos pagando moratórias vencidas por longos milênios de invigilância. Mas uma coisa é certa, a conta será resgatada em menos tempo e com menos dores. Isso não é animador?
Lá se vão 25 mil anos da Atlântida até os dias de hoje, e de lá para cá viemos progredindo ou estacionando nas nossas idas e vindas... e ainda hoje há quem pense que viemos para cá só para comer, beber, dormir, procriar e levar vantagens! Viver é o que interessa, o resto não tem pressa?

Procuremos não só usufruir, mas olhar para o irmão infeliz e sofrido e ajudá-lo a sorrir. Ligarmos-nos que só o amor cobre a multidão de pecados. Se fosse só essa vida, como ficaria a Justiça Divina perante as diferenças sociais, físicas espirituais, intelectuais e morais?

Seja você o próximo a ser socorrido ou a socorrer, não importa... o que conta mesmo é acordarmos para as verdades espirituais o quanto antes! 

(Neli)


Bem, este texto foi encontrado  no GRUPO RAMATIS,  escrito por Neli,   não tinha sobrenome, cujo endereço está aí, basta clicar.

Abraçoos sublimes.
Norma Lúcia


Fonte:
 



http://www.gruporamatis.com.br/index.php?option=com_content&view=category&layout=blog&id=83&Itemid=61

A CURA INTEGRAL

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A história do espiritismo no Brasil é cheia de exemplos enriquecedores, alguns bem conhecidos, outros permanecem ainda guardados, talvez esquecidos em gavetas empoeiradas.

Abrindo um livro de orações, guardado e esquecido há pelo menos 60 anos, descobri não somente gavetas, mas portas de quartos escuros, empoeirados, mas íntegros, que o tempo guardou e tranquilamente esperavam para serem abertos e desvendados!

Assim, depois de quase 100 anos, vejo-me inteiramente absorvida na leitura da história de um grupo de espíritas pioneiros de Porto Alegre, lendo a história do Grupo Espírita D.Feliciano, fundado em Porto Alegre em 1901, e que teve seu nome mudado em 1921 para Sociedade Nazarena Anjo Feliciano. Detive-me então a pensar sobre um dos seus aspectos - o comportamento de seus membros frente a doença.

Esta Sociedade pregava - e praticava - que não havia necessidade de uso de medicamentos para a cura de doenças. Em escritos deixados por membros da Sociedade, em forma de atas de reunião, e de um levantamento histórico entre o período de 1901 e 1925, lê-se o seguinte: "...a [nossa] sociedade ser a única que realmente segue a religião de Jesus, obedecendo até o seu método de cura, o que usou Jesus e seus apóstolos quando transitaram neste planeta, método este que consiste exclusivamente em, curando os doentes, sarar também os sofredores desencarnados, fazendo-os conhecer bem de perto Jesus e se aproximarem de Deus pela prática da religião única consignada no Novo Testamento. ".

O texto completo é quase um retrato de como pensavam aqueles homens do início do século: suas crenças, seus ideais. Giravam eles em torno do fundador do grupo, Alfredo Silveira Dias, um homem de ideal, com uma grande fé em Deus e no mundo espiritual. Certamente, um líder que conduziu muitas pessoas à renovação moral e espiritual, que viveu o que pregou, já que ainda hoje carrega de emoção as vozes das pessoas quando dele se referem. Sobre suas idéias é que escrevo. Já que ele, liderou a Sociedade por mais de 50 anos, e ainda hoje encontramos alguns seguidores dessas idéias. Idéias que talvez tenham sido deturpadas com o passar do tempo - e quem somos nós para julgar? - mas que na essência continham um bom entendimento do que é a vida.

Um dos aspectos mais interessantes desta Sociedade, e talvez o que levou seus membros a serem muitas vezes agredidos por jornais e pela sociedade local, era a sua rígida moral (talvez, reflexo da sociedade brasileira do início do século passado) e o repúdio aos medicamentos.

A Sociedade pregava que para a cura radical não são necessários remédios, mas a renovação moral - 'conhecer de perto Jesus', o uso da bioenergia ou 'o método que usou Jesus' e a "possibilidade de cura dos sofredores desencarnados".
Analisemos portanto com lógica e frente ao espiritismo o que significa a cura radical.

Saúde é a ausência de doença de qualquer espécie - física, emocional e espiritual, portanto, a cura total ou radical é também a ausência de doença física, emocional e espiritual.

Como obter a cura total? Tratando a causa da doença e não os seus efeitos. Onde está a causa da doença? Quais são os seus efeitos? Os efeitos da doença manifestam-se no corpo físico, ou afetando o estado emocional e psicológico, e num nível mais profundo, no corpo espiritual ou perispírito. As causas podem ser várias, mas estão relacionadas com o que é o Ser individual, sua personalidade manifesta, seu inconsciente ou subconsciente. Elas podem ser encontradas impressas no perispírito, já que este "é o envoltório semi-material do Espírito, e que nos encarnados, serve de laço ou intermediário entre o Espírito e a matéria; e nos Espíritos errantes, constitui o corpo fluídico do Espírito".

Deste modo, para se atuar sobre a(s) causa(s) da doença, deve-se atuar sobre o perispírito ou mais profundamente, sobre o Espírito ou Ser Espiritual.

Os remédios atuam sobre o corpo físico ou encarnado, sendo portanto somente paliativos, já que curam os efeitos, mas não as causas das doenças. O problema de curar a doença, é como já dissemos, e bem sabemos, curar a sua causa ou curar o Ser Espiritual.

Para o espírito regenerar-se ou curar-se, é preciso muitas vezes, a atuação ou ajuda espiritual, através da prece, da bioenergia, da doutrinação dos desencarnados que ora se ligam ou são atraídos pelo indivíduo. Todos estes fatores atuam sobre o perispírito, e auxiliam a cura do Ser Espiritual. Mas, a cura do Ser espiritual, a um nível mais profundo, requer ainda um pouco mais - requer uma mudança de atitude, de personalidade manifesta, do consciente e do subconsciente. Requer, portanto uma mudança profunda e definitiva!

A cura espiritual segue-se a cura do corpo, já que o corpo reflete o espírito.

Assim, a cura radical ou integral, é a cura do causa da doença e dos seus efeitos, que somente é obtida com a mudança radical daqueles aspectos desencadeadores da doença ou seja, com a renovação do indivíduo.

E, facilmente, chegamos a conclusão que os membros pioneiros daquele grupo espírita tinham razão! A cura integral só é atingida através da renovação moral do indivíduo ou do Ser Espiritual.

Uma vez que reconhecemos que a causa da doença esta no próprio indivíduo, analisemos agora, mais detidamente o problema da renovação ou mudança, e depois passaremos a discutir como agir ou mitigar os efeitos, físicos ou emocionais desta causa.

Mudança radical significa mudar-se e não voltar ao estado inicial. O problema é que nem todos estamos preparados para uma mudança radical em pouco tempo. Aliás, diria melhor, muito poucos o conseguem. Mudanças de comportamento são lentas e custosas.

Uma comparação simples, é o hábito de fumar. Uma pessoa que fuma por 20 anos, quanto tempo leva para parar de fumar? Com muito esforço, depois de umas tantas tentativas frustradas, onde o hábito renitente vai e volta outras tantas vezes, o indivíduo consegue, e pára de fumar. Mas, quanto tempo leva o corpo para se livrar dos venenos que o cigarro deixou? Um ano? Dois anos? As vezes não se livra nunca (nesta vida) e morre com o pulmão contaminado!

Agora imaginem um habitozinho, destes que vem de séculos, que não precisa ser muito 'sério', uma vaidadezinha à toa, um egocentrismo pequeno, aquela raivazinha que aparece quando nos contradizem, mas literalmente nos come por dentro?!
Será que é de um dia para o outro que nos livramos dela e realmente mudamos?

Mudanças radicais são lentas, por que são o resultado do conhecimento adquirido e da integração deste conhecimento à personalidade ou ao ser espiritual!

Portanto, mudar-se significa trabalhar interiormente o aspecto que se quer modificar, e para isto primeiro, é preciso identificar o que se quer e pode ser mudado - é o auto-descobrimento.

Primeiro, o indivíduo se auto-descobre, torna-se consciente do que é, e do que não é. Conhece os seus aspectos positivos, e aqueles aspectos negativos da sua personalidade. Aprende a identificar quando está com raiva e a perceber que tem raiva - para, identifica e pensa.

Numa segunda fase, ele entende que precisa mudar-se, regenerar-se. Passa então, a não reagir, mas a agir. É aí que começa a mudança. Aos poucos, lentamente.

O Espiritismo vem ajudar o indivíduo através da bioenergia (imposição de mãos ou qualquer dos seus métodos) a limpar seu campo energético, seu perispírito, para que eliminando as impurezas fluídicas ou energéticas do perispírito, ele possa se auto-descobrir mais facilmente, e rapidamente. O Espiritismo trazendo o conhecimento do amor, da caridade, a doutrinação moral (doutrinação aqui no sentido de trazer o amor e a moral de Cristo) ajuda a entender onde estão suas falhas e como modificar o próprio comportamento, ajudando assim, indiretamente, também os desencarnados que estão a ele ligados por afinidades morais presentes ou passadas a também reconhecerem-se e auto-descobrirem-se.

Este é o processo de cura espiritual, o qual exige esforço próprio, mudança radical e que levará a cura radical, pois a cura espiritual se refletirá no organismo encarnado e levará a cura da doença corporal. Eliminando a causa, o efeito desaparece.

Este processo, é, como já dissemos, lento e demorado. Na maioria das vezes distorções de caráter/moral apesar de muito pequenas, originaram-se e permaneceram no ser espiritual por anos, séculos ou milênios. Estas pequenas deformações morais deixaram marcas no perispírito que podem gerar fraquezas no corpo encarnado atual e levar ao desencadeamento de doenças, mais ou menos graves. Algumas destas doenças são passíveis de serem combatidas pelo indivíduo sozinho, sem ajuda de medicamentos de qualquer espécie. Outras são no entanto, mais profundas, residem no subconsciente, ou falando em termos energéticos, situam-se em camadas mais profundas do ser espiritual. Para que a cura total se realize, é preciso atuar nestas camadas profundas, faz-se necessária uma ação conjunta sobre o corpo encarnado e o corpo espiritual.

Assim, trata-se o corpo com os recursos necessários para amenizar a dor, e os efeitos visíveis da doença, e o corpo espiritual, onde reside a verdadeira causa da doença.

Neste tratamento conjunto, aliam-se: os medicamentos, que podem ser alopáticos (químicos), homeopáticos ou naturais, à técnicas alternativas, que atingem mais facilmente o perispírito como: a bioenergia, a ação dos cristais, florais de Bach, cromoterapia, massagens em pontos de concentração de energia (bloqueios energéticos), acupuntura e várias outras técnicas disponíveis hoje em dia.

Assim, os medicamentos e técnicas da medicina convencional, homeopática e alternativa agem conjuntamente, com o auxílio espiritual ministrado através da prece, do passe, da doutrinação nos princípios cristãos através do Espiritismo, para que a saúde do ser físico e espiritual seja restabelecida.

Fica claro aqui que, como já disse anteriormente, existem lesões no ser espiritual que por serem mais profundas não podem ser curadas no período relativamente pequeno de uma vida terrena. O processo pode iniciar-se no corpo encarnado, curando as camadas externas do perispírito ou facilitando que a doença aflore nas camadas mais externas, liberando-a das camadas mais profundas, e terminar no mundo espiritual.

Existem exceções, quando por merecimento, vontade de renovação individual intensa, profunda e determinada, acompanhada por uma renovação moral cristã, em que a cura espiritual é obtida em uma reencarnação, ou mesmo em um período breve da existência na terra.

O que se diz em medicina terrena, também se aplica a medicina espiritual - cada caso é um caso - e deve e será analisado e tratado individualmente.

A fé, a vontade firme de renovar-se moralmente e integralmente, o amor e a perseverança no bem, é que vão determinar ou provocar a cura.



(Este artigo foi publicado na Revista Espirita da Mansão do Caminho. É parte de um estudo sobre um dos primeiros núcleos espiritas de Porto Alegre, RS, e do qual a familia de o pai da autora fez parte desde o início.
Rejane faz parte do Verein für espiritistisches Studien Allan Kardec - VAK (Sociedade de Estudos Espíritas Allan Kardec, em Vienna, Austria).


Rejane de Santa Helena

Verein für Espiritistische Studien Allan Kardec (VAK)
Spengerstrasse, 10/3, entrada pela Jahngasse, 28
1050 Viena - Áustria
+ 43-1-5442453 - + 43-1-5442453 (fax)
vienna_kardec@hotmail.com
ou spiegelberg@utanet.at

(Publicado no Boletim GEAE Número 424 de 21 de agosto de 2001)


Eu li, gostei e encontrei no blog do JORGE NÉCTAN 

 Sublimes abraços

Norma Lúcia

Fonte:   http://espiriteiro.blogspot.com/





EXPERIÊNCIAS DA VIDA

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“Jamais leve as experiências da vida tão a sério. Jamais deixe que elas o magoem, pois na realidade, elas nada mais são, do que experiências de sonho…

Se as circunstâncias forem ruins e você precisar suportá-las, nunca faça delas uma parte de você mesmo. Desempenhe o seu papel no palco da vida, lembrando-se sempre, de que se trata apenas de um papel.

O que você perder no mundo, nunca será uma perda para sua alma. Confie em Deus e destrua o medo, por que ele paralisa todos os seus esforços para ser bem sucedido na vida, e atrai para você, exatamente aquilo que você receia…”


PARAMAHANSA YOGANANDA




Visite Portal dos Anjos e das Estrelas de Avalon em: http://portaldosanjos.ning.com/?xg_source=msg_mes_network


"De augúrios da inocência"

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- William Blake -

Ver um mundo num grão de areia,
E um céu numa flor do campo,
Capturar o infinito na palma da mão
E a eternidade numa hora

Um tordo rubro engaiolado
deixa o céu inteiro irado
Um cão com dono e esfaimado
prediz a ruína do estado
Ao grito da lebre caçada
da mente, uma fibra é arrancada
Ferida na asa a cotovia,
um querubim, seu canto silencia....
Toda noite e toda manhã linda,
uns nascem para o doce gozo ainda
outros nascem numa noite infinda
Passamos na mentira a acreditar
quando não vemos através do olhar
que uma noite nos traz e outra deduz,
quando a alma dorme mergulhada em luz
Deus aparece e Deus é luz amada
para aqueles que na noite têm morada
E na forma humana se anuncia,
para aqueles que vivem nas regiões do dia.




 
"Cada um de nós conhece a linguagem da própria alma, apenas não lembra qual o poema-canção que a constitui. Isso explica porque alguns textos nos "deslocam" do nosso eixo: é um (re)conhecimento da linguagem primordial, aquela que nos traduz em nossa verdadeira essência.

Ao ler um poema que nos "toca", estamos lendo um pedacinho de nós mesmos. A magia instala-se neste (re)encontro com nosso "eu" mais profundo, ainda inexplorado e adormecido, que jaz submerso pela ação do mundo das aparências."


 Eu fico pensando com os meus botões, a  poesia toca numa linguagem sutil e vibra nos labirintos da alma... A ressonância é pessoal e traduz a nossa essência original. E cada pedacinho de nossa noite escura d'alma é trazido a luz do dia, numa magia que descotina num encontro de sombra e luz vibrando a ser explorado além das aparências.

E só depois cair a ficha de nossas inconclusões.
Conspiração da vida e da luz.
Paz Profunda!

Norma Villares

MÚSICA ELEVAÇÃO ESPIRITUAL PARA EQUILIBRAR O CEREBRO

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Namaste! 
Eu  estava passeando no youtube garimpando músicas bonitas,  quando me deparei com esta música publicada pela CONFRARIA DO BRUXO,  e fui ouvir o vídeo todo, que sentimento de alegria brotou em meu coração... Que maravilha de trabalho, benditos sejam estes cientistas que nos presenteiam com tantos beneficies.  Saúde e longevidade para eles. Amei de paixão.  Parabéns a Confraria do Bruxo pelo compartilhamento. Paz e Amor ao planeta terra! 

"MÚSICA ELEVAÇÃO ESPIRITUAL PARA EQUILIBRAR O CÉREBRO

 MUSIC TO BALANCE THE BRAIN´S HEMISPHERES


O SOM DA CURA -


A ideia de que a música pode promover uma união não verbal ganhou apoio adicional de um estudo de  2008, feito pelos neurocientistas Nikolaus Steinbeis, do Instituto Max Planck para Cognição Humana e Ciências Cerebrais, e Stefan Koelsch, da Universidade de Sussex, na Inglaterra. Eles usaram ressonância magnética funcional para mostrar que determinada área do cérebro respondia a acordes, mas não a palavras, em um teste no qual os voluntários escutavam ambos. A região responsiva era o sulco temporal superior: uma parte da superfície cerebral, perto dos ouvidos, que responde a pistas sociais não verbais - como movimentos corporais e olhares. A ativação dessa região indica que a música pode ajudar a forjar laços sociais. Qualquer que seja sua origem, tal coesão é extremamente valiosa para animais comunitários, como nós, e por isso traços que aumentam tal unidade tendem a persistir ao longo das gerações.


A base de nossas impressões conscientes a respeito de um tom são os efeitos fisiológicos. Estudos mostram que a música alegre, tensa ou empolgante pode excitar fisicamente o ouvinte, desencadeando resposta de luta e fuga: as taxas cardíacas e respiratórias aumentam, a pessoa pode suar e a adrenalina penetra na corrente sanguínea. Esse efeito explica por que tantas pessoas gostam de ouvir rock ou hip-hop enquanto fazem ginástica -- a música instiga respostas do sistema fisiológico para a execução de movimentos de alta energia. O efeito psicológico também é importante: a distração torna o exercício mais divertido. De forma geral, melodias energizantes tendem a  melhorar o humor, nos deixando mais despertos quando estamos cansados e criando sensação de empolgação."



Ouçam o vídeo e depois me contem, que o Divino Mestre nos abençoe.
Paz Profunda a todos blogueiros!
Sublimes abraços
Norma Villares


Eu achei, li, gostei e estou compartilhando este texto e vídeo em nosso espaço,  no seguinte endereço :

https://www.youtube.com/watch?v=8ZaIUbVnJEA

http://confrariadobruxo.blogspot.com.br/







DESPERTAR DO SONO

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Esse site tem o objetivo de relatar todo o conhecimento sobre o homem e Deus.Como fazer para crescer espiritualmente,ser uma pessoa melhor, mais sábia. Desde materiais,mensagens e grandes homens que marcaram o mundo com sua luz. Esse site despretensioso tem a finalidade de que possa ser útil para ir em busca do autoconhecimento e despertar da consciência, acordar do sonho físico que nos limita tanto.Despertar do sono para podermos encontrar a alma, o Deus que habita o interior de cada ser.






Capítulo 9- O Reino de Deus Dentro de Você


E, interrogado pelos fariseus sobre quando havia de vir o reino de
Deus, respondeu-lhes, e disse: O reino de Deus não vem com aparência exterior; nem dirão: Ei-lo aqui, ou, Ei-lo ali, porque eis que o reino de Deus está dentro de vós” (Lucas 17:20-21).



Jesus dirige-se ao homem, o perene aspirante à felicidade permanente e à libertação de todo sofrimento: “O reino de Deus – da Consciência Cósmica eterna, imutável e sempre bem-aventurada – está dentro de vós. Contemplai vossa alma como reflexo do Espírito imortal e descobrireis vosso Eu abrangendo o império infinito do amor de Deus, de Sua sabedoria e bem-aventurança, presentes em cada partícula da criação vibratória, e no Absoluto Transcendente isento de vibrações.”

Os ensinamentos de Jesus acerca do reino de Deus – algumas vezes em linguagem direta, outras em parábolas repletas de significado metafísico – podem ser considerados o cerne de toda a sua mensagem.

O Evangelho registra que, ao início de sua missão pública, “veio Jesus para a Galileia, pregando o Evangelho do reino de Deus”. Sua exortação “Buscai primeiro o reino de Deus” está no âmago do Sermão da Montanha. A única oração que se sabe ter ele ensinado aos discípulos suplica a Deus: “Venha o Teu reino”. Repetidas vezes, Jesus falou do reino do Pai Celestial e da forma de alcançá-lo:



“Aquele que não nascer da água e do Espírito não pode entrar no reino de Deus.”



“Porfiai por entrar pela porta estreita; porque eu vos digo que muitos procurarão entrar, e não poderão.”



“Ninguém subiu ao céu, senão o que desceu do céu, o filho do homem, que está no céu. E, como Moisés levantou a serpente no deserto, assim importa que o filho do homem seja levantado.”



“E se o teu olho te escandalizar, lança-o fora; melhor é para ti entrares no reino de Deus com um só olho, do que, tendo dois olhos, seres lançado no fogo do inferno.”



“Eu sou a porta; se alguém entrar por mim, salvar-se-á, e entrará, e sairá, e achará pastagens.”



“Eu sou o caminho, e a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai, senão por mim.”



Consideradas em conjunto, essas e as demais declarações de Jesus acerca do reino de Deus fornecem um abrangente entendimento de sua clara afirmação neste versículo: de que o reino de Deus é encontrado não

em “aparência exterior” – com o uso dos sentidos de visão, audição, paladar, olfato e tato, sintonizados com a matéria –, mas na interiorização da consciência a fim de perceber a Realidade Divina, que está “dentro de vós”.



“O reino de Deus não surge em resposta a aparências sensoriais; nem podem encontrá-lo aqueles que dizem: ‘Vede, ele está aqui, ou está em algum lugar, acolá, nas nuvens’. Em vez disso, concentrai-vos em

vosso interior e encontrareis a esfera da consciência divina, oculta por trás de vossa consciência material.”



Muitas pessoas pensam no céu como um local físico, um ponto no espaço, bem acima da atmosfera e para além das estrelas. Outras interpretam as afirmações de Jesus acerca da vinda do reino de Deus como referentes ao advento de um messias que viria estabelecer e governar um reinado divino sobre a Terra. Na verdade, o reino de Deus e o reino dos céus consistem, respectivamente, na imensidão transcendente da Consciência Cósmica e nos reinos celestiais causal e astral da criação vibratória, que são consideravelmente mais sutis e mais harmonizados com a vontade de Deus do que as vibrações físicas agrupadas como planetas, ar e ambiente terreno.

Os objetos materiais reconhecidos como sensações de visão, audição, olfato, paladar e tato constituem-se de um jogo de forças que se originam e existem além da capacidade de observação da consciência humana.



Cósmica. A matéria é energia física condensada; a energia física é energia astral condensada; e a energia astral é a condensação da força de pensamento primordial de Deus. Portanto, a Consciência Cósmica está oculta dentro e por trás das camadas da matéria, da energia física, da energia astral e do pensamento ou consciência. O mesmo que ocorre no macrocosmo se dá no microcosmo do corpo humano: a Consciência Cósmica, caracterizada por alegria sempre nova e imortalidade, é a criadora da consciência humana e, como tal, nela está imanente. 

A partir da Consciência Cósmica infinita foram concebidas as almas individuais; essas ideações individualizadas do pensamento de Deus revestiram-se de mais duas camadas de manifestação externa, com as forças causais de consciência condensando-se no corpo astral de energia.  



A origem incipiente de todas as formas e vibrações materiais está na Consciência vital luminosa e no corpo mortal de carne e ossos.

Assim, o reino de Deus não está separado do reino da matéria, mas está tanto dentro dele – permeando-o sutilmente como sua origem e sustentáculo – quanto além dele, existindo nas infinitas mansões do Pai para além do circunscrito cosmos físico.

É por isso que Jesus disse que é inútil procurar o céu com a consciência concentrada em vibrações materiais – identificada com sensações do corpo, prazeres e confortos terrenos. No reino da matéria e da consciência corporal o homem encontra doenças, bem como sofrimentos físicos e mentais; mas, ao voltar-se para o reino interior, descobre o Consolador, o Espírito Santo ou a Vibração Cósmica de Om, manifestando-se nos centros cerebrospinais sutis de consciência espiritual.

Deixar-se arrastar para o exterior, pela corrente da consciência material, significa ser engolfado, queira-se ou não, pelo inferno do reino de Satã – a esfera dos apegos terrenos e limitações do corpo mortal. Seguir a corrente de consciência que nos leva para o interior, meditando em Om, significa alcançar o bem-aventurado reino de Deus que existe por trás da barreira opaca da existência física.

A comunhão com o divino Consolador traz sintonia com a Consciência Crística que habita o corpo, manifestando-se como a alma sempre perfeita. Pela comunhão mais profunda com a Consciência Crística surge a percepção da unidade da alma com o Espírito onipresente – o pequeno Eu expande-se no Eu infinito, abrangendo o reino divino ilimitado de Bem-aventurança sempre-existente, sempre-consciente e sempre-nova.

Toda alma limitada ao corpo pode descobrir o reino de Deus se mergulhar interiormente na meditação a fim de transcender a consciência humana e alcançar os estados sucessivamente mais elevados de superconsciência, Consciência Crística e Consciência Cósmica. Aqueles que meditam profundamente, concentrando-se com intensidade no estado de silêncio ou neutralização dos pensamentos, retiram sua mente dos objetos materiais de visão, audição, olfato, paladar e tato – de todas as sensações corporais e da perturbadora inquietude mental. Nesse estado de quietude interior focalizada, descobrem um inefável sentimento de paz. A paz é o primeiro vislumbre do reino interior de Deus.

Os devotos que desse modo possam interiorizar sua mente à vontade, concentrando-se por completo no resultante estado de paz, entrarão com certeza no reino da consciência divina. Essa realização gradualmente se expande em onipresença, onisciência, bem-aventurança sempre nova e visões dos reinos de luz eterna, onde todas as almas libertas se movem em Deus, materializando-se ou desmaterializando-se à vontade.

Ninguém pode entrar nesse céu da Consciência Cósmica a menos que interiorize profundamente sua consciência pelos portões da concentração e da meditação dedicadas. É por isso que Jesus afirmou categoricamente:



“O reino de Deus está dentro de vós”, quer dizer, nos estados transcendentes de suas percepções da alma.

Existe uma notável correspondência entre os ensinamentos de Jesus Cristo a respeito da entrada no “reino de Deus [que] está dentro de vós” e os ensinamentos da yoga, expressos por Senhor Krishna no Bhagavad Gita, acerca do restabelecimento do Rei Alma, o reflexo de Deus no homem, como legítimo governante do reino corporal, com a plena realização dos divinos estados de consciência da alma.

Quando o homem se estabelece nesse reino interior da consciência divina, a percepção intuitiva da alma assim desperta trespassa os véus da matéria, da energia vital e da consciência, revelando a essência divina no âmago de todas as coisas.







Ele habita no mundo, a tudo envolvendo – em toda parte,

Suas mãos e Seus pés; presentes em todos os lados, Seus olhos

e Seus ouvidos, Suas bocas e Suas cabeças.

Luzindo em todas as faculdades dos sentidos e, todavia,

transcendendo os sentidos, sem apego (à criação) e, todavia, o

Esteio de tudo, livre dos gunas (modos da Natureza) e, todavia,

Aquele que deles desfruta.

Ele está dentro e fora de tudo que existe, do que é animado

e do que é inanimado; próximo está, e também longe; imperceptível

em Sua sutileza.

Ele, o Indivisível, aparece como seres incontáveis; Ele

mantém e destrói essas formas e, então, as recria.

A Luz de Todas as Luzes, para além das trevas; o próprio

Conhecimento, Aquilo que é preciso conhecer, a Meta de todo

aprendizado, Ele Se assenta nos corações de todos (Bhagavad

Gita XIII:13-17).






Raja Yoga, o caminho régio da união com Deus, é a ciência da autêntica percepção do reino de Deus que está dentro de cada um. Por meio da prática das sagradas técnicas iogues de interiorização, recebidas durante a iniciação conferida por um verdadeiro guru, pode-se encontrar esse reino pelo despertar dos centros astrais e causais de força vital e consciência, na coluna vertebral e no cérebro, que são a entrada para as regiões celestiais da consciência transcendente. Quem alcança tal despertar conhece o Deus onipresente – tanto em Sua Natureza Infinita quanto na pureza de sua própria alma, e até mesmo sob o manto ilusório das formas e forças materiais mutáveis.



Patânjali, principal expoente da Raja Yoga na antiga Índia, delineou oito passos a serem seguidos para a ascensão ao reino interior de Deus:



1. Yama, conduta moral: abster-se de causar dano aos outros, da falsidade, do roubo, da imoderação e da cobiça.

2. Niyama: pureza de corpo e mente, contentamento em todas as circunstâncias, estudo de si mesmo (contemplação) e devoção a Deus.



3. Asana: disciplina do corpo, de modo que ele possa assumir e manter a postura correta de meditação, sem fadiga ou inquietude física e mental.



4. Pranayama: técnicas de controle da energia vital que acalmam o coração e a respiração e que removem da mente as distrações sensoriais.



5. Pratyahara: o poder de completa quietude e interiorização mental que ocorre quando a mente se retira dos sentidos.



6. Dharana: o poder de utilizar a mente interiorizada para a concentração unidirecional em Deus – em algum dos aspectos por meio dos quais Ele Se revela à percepção interior do devoto.



7. Dhyana: a meditação aprofundada pela intensidade da concentração (dharana), que permite conceber a imensidade de Deus, com Seus atributos manifestando-se na infinita extensão divina da Consciência Cósmica.



8. Samadhi, união com Deus: o pleno conhecimento da unidade entre a alma e o Espírito.



Todos os devotos podem descobrir a porta para o reino de Deus concentrando-se no olho espiritual, o centro da Consciência Crística, no ponto entre as sobrancelhas. A meditação longa e profunda, como ensinada por um verdadeiro guru, capacita-nos a converter gradualmente a consciência do corpo material na percepção do corpo astral e, com as faculdades despertas da percepção astral, intuir estados cada vez mais profundos de consciência, até atingir a unidade com a Fonte da consciência.



Ao cruzar a porta do olho espiritual, deixamos para trás todos os apegos à matéria e ao corpo físico e ganhamos acesso às infinitas regiões interiores do reino de Deus.



Os tecidos do corpo físico são feitos de células; o tecido do corpo astral é composto de vitátrons – unidades inteligentes de luz ou energia vital. Quando o homem se encontra no estado de apego ao corpo, caracterizado pela tensão ou contração da energia vital em componentes atômicos, os vitátrons do corpo astral tornam-se compactados, circunscritos pela identificação com a forma física. Por meio do relaxamento metafísico, a estrutura vitatrônica começa a expandir-se – afrouxa-se o aperto do corpo sobre a própria identidade.



Por meio da meditação cada vez mais profunda, o arcabouço energético do ser astral se expande para além dos limites do corpo físico.



O corpo vitatrônico, pertencendo a uma esfera de existência livre das perplexidades impostas pelas limitações ilusórias do mundo físico tridimensional, tem o potencial de unir-se à Energia Cósmica que permeia todo o universo. Deus como Espírito Santo, a Vibração Sagrada, é a Luz da Energia Cósmica; o homem, feito à imagem de Deus, compõe-se dessa mesma Luz. Somos essa Luz compactada; e somos essa Luz de nosso Eu Universal.



Como primeiro passo para entrar no reino de Deus, o devoto deve sentar-se imóvel, na postura correta de meditação, com a coluna vertebral ereta; deve, então, retesar e relaxar o corpo – pois, pelo relaxamento, a consciência se liberta dos músculos. O iogue começa com a respiração profunda apropriada, inalando enquanto retesa o corpo e exalando enquanto relaxa, diversas vezes. 



A cada exalação, todo movimento e tensão muscular devem ser eliminados, até que se alcance o estado de quietude corporal. Então, por meio de técnicas de concentração, o movimento inquieto é removido da mente. Na perfeita quietude do corpo e da mente, o iogue desfruta a inefável paz da presença da alma. A vida habita o templo do corpo; a luz, o templo da mente; e a paz, o templo da alma.



Quanto mais nos aprofundamos na alma, mais sentimos essa paz; esse é o estado de superconsciência. Quando, pela meditação mais profunda, o devoto expande tal percepção de paz e sente sua consciência difundindose, com essa paz, por todo o universo, e que todas as criaturas e toda a criação são engolfadas por essa paz, então ele está entrando no estado de Consciência Cósmica. Ele sente essa paz em toda parte – nas flores, em cada ser humano, na atmosfera. Ele contempla a Terra e os mundos flutuando como borbulhas nesse oceano de paz.



A paz interior experimentada inicialmente pelo devoto na meditação é a sua própria alma; a paz ampliada que sente ao aprofundar-se é Deus.



O devoto que alcança a experiência de sua união com todas as coisas estabeleceu Deus no templo de sua infinita percepção interior.



No templo do silêncio, no templo da paz, Eu Te encontrarei, eu Te tocarei, eu Te amarei!

Levar-Te-ei ao meu altar de paz.

No templo do samadhi, templo da beatitude,

Eu Te encontrarei, eu Te tocarei, eu Te amarei!

E, lisonjeado, irás ao meu altar.



Quando os pensamentos inquietos são eliminados, a mente se transforma, de modo natural, em um templo sagrado de paz. Deus insinua Sua presença no templo do silêncio e, então, no templo da paz. Primeiro, o devoto O encontra como paz fluindo do estado mental em que todos os pensamentos se transformam em pura percepção intuitiva. Ele toca o Senhor com o amor de seu coração e O sente como alegria; seu puro amor incita Deus a manifestar-Se no altar da percepção de paz. 



O devoto adiantado sente Deus não apenas na meditação, mas O mantém constantemente no altar da paz de seu coração.



No templo do samadhi – união com a paz que é a primeira manifestação de Deus na meditação – o devoto descobre um estado de beatitude sempre nova, uma alegria que não decresce jamais.

A beatitude é um estado muito mais profundo do que a paz. Assim como uma pessoa muda sorve o néctar mas não tem como descrever seu sabor ambrosíaco, também o arrebatamento da beatitude encontrada no templo do samadhi conduz a uma eloquência muda. Somente essa alegria pode satisfazer o anseio inato do coração humano. Na meditação paciente, persistente, dia após dia, ano após ano, o devoto, pleno de amor, exige de seu Senhor:



“Vem a mim como alegria, na unidade do samadhi, e permanece para sempre em meu coração, no altar da bem-aventurança!” Quando, em nossos corações – em harmonia com os corações de todos os que amam a Deus no templo interior do silêncio e da bem-aventurança –, nos regozijamos na alegria de nosso único Amado, essa alegria unificada torna-se um imenso altar de Deus.



Cabe ao homem, como alma, praticar esse silêncio interior: encontrar Deus agora. Ao utilizar os sentidos, em meio às exigências da vida diária, o devoto retém a consciência: “Estou sentado no trono de paz do silêncio interior”. Durante a atividade, ele permanece interiormente recolhido: “Sou um deus de silêncio sentado no trono de cada ação”. 



Sua equanimidade não é perturbada por emoções desgovernadas: “Sou um príncipe de silêncio, sentado no trono do equilíbrio”. Seu Eu interior,em harmonia com a eternidade, regozija-se, na vida e na morte: “Sou um rei de imortalidade, reinando no trono do silêncio. A destruição do corpo, os insultos da ilusão à alma, as imposições da inquietude, os testes da vida… todos são apenas dramas nos quais estou atuando e aos quais assisto como um divino entretenimento. Posso encenar meu papel por algum tempo, mas sempre, no refúgio interior de meu silêncio, contemplo o desenrolar do enredo da vida com a tranquila alegria da

imortalidade.”



Se, por meio da prática da meditação, persistirmos em bater às portas do silêncio, o Senhor responderá: “Entra! Eu te sussurrei através de todos os disfarces da natureza; e agora te digo: Eu sou a Alegria – a Fonte viva da Alegria. Banha-te em Minhas águas, purificando-te de teus hábitos e de teus medos. Sonhei um belo sonho para ti; mas tu, Meu filho, o transformaste em um pesadelo!” Deus deseja que Seus filhos deixem de ser filhos pródigos e que cumpram como imortais o seu papel na vida para que, ao abandonarem o palco desta Terra, possam dizer: “Pai, foi um bom entretenimento, mas agora estou pronto a voltar para Casa”.



É um pecado contra a natureza divina de o Eu julgar que não exista chance de ser feliz, abandonar toda esperança de atingir a paz.




Paz Profunda! 
Sublimes abraços
Norma
 Eu li, goste,  pedi permissão à Mônica para publicar em nosso espaço este texto, no endereço indicado abaixo:


http://espiritualidadeconsciencia.blogspot.com/2011/01/o-reino-de-deus-dentro-de-voce.html

A EXPERIÊNCIA DA MONTANHA...

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"Estou indo às montanhas para estar a sós com Deus", informou um estudante a Paramahansa Yogananda.

"Você não avançará espiritualmente dessa maneira", Paramahansaji respondeu. "Sua mente ainda não está preparada para se concentrar profundamente no Espírito. Seus pensamentos irão enfatizar principalmente em recordações de pessoas e passatempos mundanos, mesmo que você permaneça numa caverna. O alegre cumprimento dos seus deveres mundanos, juntamente com a meditação diária, é o melhor caminho". 
 
Construa o seu ambiente interno. Pratique o silêncio!
Eu me lembro da disciplina maravilhosa dos Grandes Seres. Quando nós falávamos e tagarelávamos, eles diziam: "Voltem-se para seu castelo interno". Era muito difícil compreender isso, mas agora eu entendo o caminho de paz que nos foi mostrado. 
 
Meu silêncio, como uma esfera em expansão, propaga-se por toda parte.

Meu silêncio propaga-se como uma canção de rádio, acima e abaixo, à esquerda e à direita, dentro e fora.

Meu silêncio se espalha como um incêndio de bem-aventurança; os sombrios arbustos da tristeza e os altos carvalhos do orgulho estão todos se consumindo nas chamas.

Meu silêncio, como o éter, tudo permeia, levando as canções da terra, dos átomos e das estrelas aos salões da Sua infinita mansão.

Esteja com as pessoas em silêncio; não gaste tempo precioso e energia em conversas frívolas. Coma em silêncio; trabalhe em silêncio. Deus ama o silêncio.

Esteja só interiormente. Não siga vivendo a vida sem propósitos que tantas pessoas levam. Medite mais e leia mais bons livros... De vez em quando não há problema em assistir filmes e ter um pouco de vida social, mas, na maior parte das vezes, permaneça sozinho e viva dentro de si mesmo...

Aprecie a solidão; mas quando quiser misturar-se com outros, faça-o com todo o seu amor e amizade, de modo que essas pessoas não se esqueçam de você, mas sempre se lembrem que conheceram alguém que as inspirou e dirigiu suas mentes em direção a Deus.
Não graceje o tempo todo com os outros. Seja alegre e jovial por dentro. Por que dissipar em conversa inútil as percepções que você ganhou? Palavras são como balas: quando você gasta sua força em conversas frívolas, seu estoque de munição interna é desperdiçado.

 Sua consciência é como um balde de leite: quando você a enche com a paz da meditação, deve mantê-la assim. Gracejos geralmentesão falsas diversões que provocam buracos nas laterais do seu balde e fazem com que todo o leite de sua paz seja derramado.


Paramahansa Yogananda


Paz Profunda! 
Abraços sublimes
Norma

Eu li, gostei e encontrei aqui neste endereço abaixo:



CRER NO AMANHÃ

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Ao final de mais uma jornada, o velho monge, numa pequena gruta ao sopé da montanha, acendeu sua fogueira para espantar os animais e aquecer seu corpo na noite fria que se aproximava. Comeu um pedaço de pão velho e uma fruta colhida no bosque.
Na verdade ele estava sonolento, cansado - pior do que isso – começava a duvidar de sua peregrinação mística em busca de um sentido para a vida. Ficou olhando para a fogueira e pensando na longa caminhada do dia seguinte.

As brumas do sono chegaram logo e ele sonhou com uma montanha imensa, rochosa e banhada de sol. Lá em cima existia um ninho e nele, uma majestosa águia preparava-se para levantar voo. Mergulhou no céu, deu duas voltas e partiu, deixando dois ovos no ninho aquecido.

Um sussurro de voz partiu de dentro de um dos ovos: está esfriando! Assim a gente não vai chocar nunca, respondeu o companheiro.

E o diálogo continuou: como será a vida além da casca? Se é mesmo que existe vida depois... Ninguém voltou para contar como é.

Eu gostaria de ter alguma prova de que somos mais do que isso, mais do que dois ovos brancos e sem graça.

Tenha fé, respondeu o companheiro, somos feitos à imagem e semelhança da mãe; um dia sairemos daqui e voaremos pelos espaços azuis e infinitos.

E o diálogo não continuou porque a águia voltara ao ninho e um suave calor os envolveu.

Depois passaram-se longos dias e noites. Por vezes, a mãe desaparecia e as dúvidas voltavam. Eles gostariam saber o que existia mesmo do outro lado da casca, caso existisse o outro lado. É possível que sejamos ovos chocos, sem futuro, argumentava o mais pessimista.




E num dia qualquer, perceberam um barulho estranho. O que será mesmo? Isto me assusta! A casca se havia rompido e uma luz muito forte envolveu as duas pequenas aves. Ali estava a mãe, mais adiante as montanhas, o céu azul, paisagens jamais imaginadas...O velho monge acordou, o sol esquentava sua face e mil pés acima dele estava uma imponente águia real. Esfregou os olhos, sorriu e pegou de seu cajado e continuou a caminhada. Assim é a vida. Andamos na penumbra e, às vezes, nossas certezas desaparecem. A caminhada fica sem sentido e o futuro passa a ser imaginado como ilusão. Nunca ninguém voltou para explicar como é. Nossos horizontes são curtos e nossas expectativas do tamanho do pequeno mundo que nos envolve. A miopia é o nosso modo de ver o amanhã. E isto, se o amanhã existir!

O apóstolo Paulo também se interrogava sobre o futuro e um dia lhe foi revelado como seria o depois e resumiu esta experiência dizendo: “os olhos jamais viram, os ouvidos jamais escutaram, o coração jamais imaginou o que Deus prepara para aqueles  que o amam!” ( 1 Cor 2,9 )São as surpresas de Deus. Vale a pena continuar caminhando.


Autor: Frei Aldo Colombo
http://www.capuchinhosrs.org.br

CONHECIMENTO E VERDADE

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Dalmo Duque dos Santos           


"O conhecimento é a única porta de acesso à verdade. Sem ele é praticamente impossível evoluir e a recusa ao seu acesso é um gesto de rebeldia e indiferença contra as leis do Universo.

 Quando aceitamos o conhecimento, reconhecemos que precisamos progredir intelectualmente e nos transformar espiritualmente, atitude que significa sempre luz e bem-aventurança. Significa também comprometimento, já que a posse do mesmo nos torna responsáveis pelas implicações dessas informações, seja em no plano individual, seja no coletivo. 

Quando recusamos o conhecimento, negamos a necessidade de progredir e bloqueamos a nossa maturação espiritual. Sofremos, quase sempre, as consequências negativas desse gesto, geralmente um sentimento de culpa e uma sensação de impotência diante das situações delicadas e desafiadoras. 

Mas Deus sempre insiste e renova constantemente as possibilidades de acesso à Verdade. Essas oportunidades são praticamente inesgotáveis, mesmo quando estamos mergulhados em provações ou em graves processos expiatórios. Esta a essência das bem-aventuranças, conselhos sábios para todos aqueles que recusaram a luz do conhecimento ou então , mais grave ainda, impediram que seus semelhante não tivessem a cesso à ela. 

Assim como são verdadeiras as cores do arco-íris, e inegáveis as sonoridades das notas musicais, sete também são os tipos de conhecimentos manifestados na experiência humana : 

  • O Conhecimento MÁGICO (descoberta instintiva): os seres primitivos, ainda muito influenciados pelo instinto animal, descobrem de maneira mágica e infantil os fenômenos e recursos da Natureza. Era Pré-história
  • O Conhecimento EMPÍRICO: adquirido pelo esforço da experiência prática. Exemplo: o mecânico quando busca solução para o conserto ou construção de uma máquina; o lavrador quando desenvolve uma variedade de sementes. Era Agrícola.
  • O Conhecimento REVELADO (transcendente): adquirido através das manifestações paranormais. Exemplo: as revelações religiosas históricas da Bíblia, do budismo, etc. Era Teológica.
  • O Conhecimento LÓGICO-RACIONAL (relação de causa e efeito): adquirido pela observação repetitiva dos fenômenos. Exemplo: os cientistas quando estudam os fenômenos da Natureza no ambiente ou no laboratório. Era da Razão.
  • O Conhecimento EXPERIMENTAL: obtido pela observação sistemática e metodológica da pesquisa científica. Tese, antítese e síntese. Era Industrial. Era Positiva.
  • O Conhecimento INTUITIVO: domínio do Super consciente e das inteligências voltadas para os problemas subjetivos, interiores e espirituais. Era Psicológica e Espiritual. 

    A inter-relação desses conhecimentos é que forma o conjunto de CONCEITOS que temos sobre as coisas, isto é, a definição mais próxima que temos da Verdade. Quanto mais distante da verdade for o conhecimento, mais ele manifesta-se como PRÉ-CONCEITO, isto é, algo não definido, falso e mal formulado. 

    Na sua formação mental e social o ser humano desenvolve os VALORES para o exercício do juízo nas escolhas e decisões. É nesse percurso que desenvolvemos também os preconceitos mais comuns: raça, cor, sexo, origem, classe, profissão, religião, opinião, comportamento, gosto, condição pessoal, etc. 


    Muitos deles são adquiridos de forma inconsciente e por isso manifestam-se também de forma inconsciente, sem o nosso controle. Qualquer situação ou atitude que se choca com os nossos VALORES desperta uma reação de defesa em forma de preconceito. A distinção entre o preconceito e o conceito geralmente é obtida pela postura crítica (capacidade de observância e percepção), distinguindo o que é ESSENCIAL do que é SUPERFICIAL. Isso só não acontece quando nos sentimos ameaçados ou quando aplicamos uma análise crítica da situação. 


    Mas a postura crítica não ocorre somente no terreno lógico-racional (causa e efeito ou tese, antítese e síntese); ocorre também no plano emocional, pois é nele que estão gravados os preconceitos mais graves, onde nossas rejeições se manifestam de forma mais agressiva, ainda que camufladas. 

    Nesse caso, o caminho mais seguro para evitar ataques inconseqüentes é sempre a autocrítica e o autoconhecimento. Quando deixamos a nossa emoção avaliar determinas situações quase sempre fazemos julgamentos (gosto ou não gosto) e consequentemente condenamos ou absolvemos de acordo com os nossos valores, que nem sempre são os mais corretos. 

    Querer conhecer e criticar os outros é sempre um risco de julgamento superficial e projeção equivocada dos nossos limites e defeitos. Para não julgar, nem cair em erro, é preferível sempre aceitar. E aceitar não quer dizer concordar nem aplaudir, mas simplesmente não julgar. 

    Essa foi a experiência que os grandes sábios se esforçaram para ensinar aos seres humanos a ideia de Vida Plena, ou seja, a aquisição de graus mais elevados de consciência e felicidade. Nas parábolas e exemplos desses sábios de todos os tempos encontramos sempre preciosos antídotos contra os preconceitos, quase sempre identificados nos personagens ou nas situações por eles relatadas."



    Artigo Reproduzido com Autorização do Autor

    Foi encontrado nesta fonte:
    http://www.ieja.org/portugues/Estudos/Artigos/p_conhecimentoeverdade.htm



    O DECLÍNIO DAS PRÁTICAS RELIGIOSAS

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    Quando houver o declínio das práticas religiosas e não mais houver relações entre o homem e a divindade, predominando a injustiça e o desrespeito, nesse momento, eu vou me manifestar.

    Krishna é encarnação do DeusVishnu, o aspecto preservador da trindade divina do hinduísmo: Brahma – Vishnu – Shiva.

     Em sânscrito, Krishna significa preto ou azul escuro, a cor das nuvens escuras. Krishna é a fonte de devoção, o amante, o atrativo, o tocador de flauta que atrai as Gopis – as condutoras de vacas da aldeia Vrindavana.

     Foi o guru divino espiritual de Arjuna (um dos irmãos Pandavas, filho do rei Pandu). No Bhagavad Gita – Canção Divina do Épico Mahabbharat, ensinou para Arjuna o gyana yoga (sabedoria), o karma yoga (ação), o bhakti yoga (devoção), o moksha (liberação), o dharma (dever), o kal (tempo) e o guna (qualidade)

    Textos encontrados no BBhagavad Gita – capítulo  IV – 7.
    Paz Profunda! 

    Norma Villares
     
     


    PARACELSO, UMA BREVE HISTÒRIA

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    1493 - 1541
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    "Este homem genial , uma das figuras mais prominentes que surgiram nos albores da Renascença, nasceu em Einsiedein no dia 10 de novembro de 1 493. Na pia batismal recebeu o nome de Teofrasto, em memória do pensador grego Teofrasto Tírtamo, de Éreso, por quem o doutor Hohenheim, pai do nosso biografado, nutria profunda admiração.

    O nome de Felipe lhe foi acrescentado, sem dúvida, posteriormente, pois é certo que Paracelso jamais fez uso do mesmo; a alcunha de Aureolus deve ter sido dada por seus admiradores nos últimos anos de sua vida, de vez que até 1 538 não o encontramos em nenhum documento relacionado com sua pessoa. Quanto ao nome famoso de Paracelso, existe a opinião de que o mesmo foi dado por seu pai quando ainda jovem, querendo com isto demonstrar que na ocasião já era mais sábio do que Celso, médico célebre contemporâneo do imperador Augusto e autor de um livro de medicina muito mais avançado de quantos havia em sua época.
    Já a partir do ano de 1 510 ficou conhecido pelo nome de Paracelso e, embora muito raramente o incluísse em sua assinatura, é certo que o estampou em suas grandes obras filosóficas e religiosas; do mesmo modo seus discípulos o chamavam de Paracelso, nome que sempre apareceu nas controvérsias e nos ataques injuriosos de que foi vítima.


    INFÂNCIA DE PARACELSO


    Paracelso era uma criança baixinha, doentia e com tendência ao raquitismo, razão por que exigia os cuidados mais esmerados, que lhe eram dispensados pelo seu próprio pai, que nutria por ele uma afeição muito grande. O Dr. Hohenheim atribuía uma importância extraordinária aos efeitos salutares do ar livre respirado em plena natureza; por isso, quando o rapaz estava já crescido, fez dele seu companheiro de excursões, conseguindo desta maneira robustecer-Ihe o corpo e enriquecer-lhe o espírito.

    Foi nessas andanças que Paracelso aprendeu os nomes e as virtudes das ervas e plantas medicinais bem como os diversos modos de usá-las; conheceu os venenos e seus antídotos da mesma forma que a arte de preparar toda espécie de poções medicinais.

    Nessa época, na Europa a Farmácia não era ainda reconhecida, ao contrário do que se dava na China, no Egito, na Judéia e na Grécia, milhares de anos antes da era cristã. Com efeito, a primeira farmacopéia pertence a Nuremberga e data de 1 542, o ano seguinte à morte de Paracelso. Por conseguinte, pode-se afirmar que a maioria das ervas medicinais, que se receitam em nossos dias, já era conhecida na Idade Média e os religiosos as cultivavam com todo cuidado e ciosamente nos jardins dos seus conventos; é por isso que foram conservados até hoje alguns conhecimentos a respeito dos seus usos.

    Nas pradarias e bosques próximos ao Rio Sihl, onde existem pântanos em grande quantidade, as sucessivas estações fazem florescer e frutificar grande número de plantas. Nos prados crescem a gerenciana, a margarida, a salva, a anêmona, a camomila, a borragem, a angélica, o funcho, o cominho e a dormideira. Nos bosques abundam as celgas, a aspérula, a beladona, a datura, a violeta e as gramíneas silvestres. Nas ribanceiras, nos declives das grandes elevações de terreno e pelas estradas se encontram a campânula, a dedaleira, a chicória, a centáurea, a verônica, a menta, o tomilho, a verbena, a salsaparrilha, os líquenes, a erva-de-são-joáo, a tormentilha, a tanchagem e a aveleira silvestre. Nos terrenos lodosos colhem-se as prímulas com manchas de cor malva e violeta, os miosótis, as plantas vulnerárias, os fetos e o rabo-de-cavalo. E nos paramos, a urze, a rosa-dos-alpes, a garança-do-levante, a saxífraga, a luzerna, a pírola e toda espécie de sementes.

    Das próprias memórias de Paracelso se deduz que seu pai foi seu primeiro mestre de latim, de botânica, de alquimia, de medicina, de cirurgia e de teologia; mas nele atuaram outras influências de educação, que o doutor Hohenheim não pôde infundir. Estas influências foram devidas ao espírito irrequieto da época, da nova era que estava sendo preparada.

    Cumpre-nos verificar, agora, como foi que esta manifestação de sua época teve relação com o audaz investigador da Natureza e da Medicina, entre a multidão que continuava apegada ferrenhamente aos métodos filosóficos e às crenças religiosas da Idade Média; cumpre-nos ver como foi que sua inteligência vivaz compreendeu que os velhos ensinamentos estavam fadados a desaparecer e a passar por uma renovação, como todas as demais coisas.

    Indiscutivelmente, foi o espírito da Renascença que deu a Paracelso o grande impulso rumo à indução científica e ao método experimental. O encontro deste espírito científico com as correntes espirituais da Reforma, com sua influência sobre a alma dos homens, graças realmente a Lutero, nos fornecerá a explicação da formação de sua personalidade, aparentemente contraditória.
    As teorias em voga vinham sendo propagadas ativamente já muito tempo antes de Lutero. Duzentos e cincoen-ta anos antes uma alma solitária, Rogério Bacon, teve uma visão que iluminou as trevas acumuladas por quinze séculos de ignorância e descobriu a chave do divino tesouro da Natureza.

    Em 1 483 nasceu Lutero; dez anos depois, Paracelso; em 1 510 veio à luz o famoso médico e filósofo milanês, Jerônimo Cardano, e em 1 517 nascia o celebérrimo cirurgião Ambrósio Pare. Copérnico, o astrônomo revolucionário, e Pico de Ia Mirándola, foram contemporâneos desta plêiade ilustre. Tudo eclodiu de uma só vez; nova concepção religiosa, nova filosofia, novas ciências, a par de uma grande renovação no mundo da arte.


    INICIAÇÃO DE PARACELSO

     
    Ainda muito jovem, Paracelso foi enviado à famosa escola dos beneditinos do mosteiro de Santo André, no Lavantal, a fim de lhe ser ministrada a instrução religiosa. Foi aqui que ele se tornou amigo do bispo Eberhard Baum-gartner, que era considerado um dos alquimistas mais notáveis de seu tempo. Tamanho foi o ardor com que Paracelso se dedicou aos seus trabalhos de laboratório, tanta a sua força de observação nos fenômenos que estudava, que imediatamente se viu em condições insuperáveis para  começar a executar um trabalho que se antecipava ao seu século. Além disso, teve a dita de contar com o clima da Caríntia que favoreceu grandemente seu desenvolvimento físico, logrando com isto desfrutar duma saúde quase perfeita.

    Logo depois transferiu-se Paracelso para Basiléia, onde fez grandes progressos no estudo das Ciências Ocultas. Naqueles tempos era impossível dedicar-se à medicina sem conhecer profundamente a astrologia. A ciência experimental estava ainda por nascer. Todos os conhecimentos que se adquiriam nos colégios ou conventos eram puramente dogmáticos: seus ensinamentos eram conservados respeitosamente durante muitos séculos.

    O misticismo e a magia conviviam com as teorias mais antagônicas e os homens mais célebres lhes rendiam homenagem. William Howitt, um médico notável, escreveu as seguintes palavras: "O verdadeiro misticismo consiste na relação direta entre a inteligência humana e a de Deus. O falso misticismo não procura a verdadeira comunhão entre Deus e o homem. O espírito absorto em Deus está protegido contra todo ataque. A mente que repousa em Deus aclara a inteligência".

    Este foi o misticismo que Paracelso se esforçou por adquirir: a união de sua alma com o Espírito Divino, a fim de poder conceber o funcionamento deste Espírito Universal dentro da Natureza.
    Quando partiu para Basiléia já tinha adquirido a prática das operações cirúrgicas, ajudando seu pai no tratamento de feridos. Em seus Livros e Escritos de Cirurgia nos relata que teve os melhores mestres em dita ciência e que havia lido e meditado os textos dos homens mais célebres, tanto da atualidade como do passado.

    Pouco se sabe da estadia de Paracelso em Basiléia; consta unicamente que sua passagem por lá se deu em 1 510. Na ocasião a Universidade era dirigida pelos escolásticos e pedantes da época.
    Paracelso percebeu subitamente que nada sairia ganhando com os ensinamentos estúpidos daqueles doutores. "O pó e as cinzas respeitados por estes espíritos estéreis" - escreve ele — "haviam-se preparado e transformado em matéria importante".
    Paracelso renunciou altaneiramente a terçar armas numa luta com aqueles sábios, guardiães petrificados da ciência oficial. O que ele queria era a verdade e não a pedanteria; a ordem e não a confusão; a experiência científica e não o empirismo.

    Segundo sua própria declaração pública, Paracelso lera as obras manuscritas do abade Tritêmio, que figuravam na valiosa biblioteca de seu pai, e tão embevecido se sentiu por elas que resolveu transferir-se para Würzburg, lugar onde o sábio abade se mantinha em contato com seus discípulos.

    Tritêmio ou Tritemius — era assim que se chamava esse abade, por causa do lugar de seu nascimento, que foi Treitenheim, perto de Trier. Mas seu verdadeiro nome era João Heindemberg. Quando ainda muito jovem já era célebre por sua sabedoria; com a idade de vinte e um anos foi eleito abade de Sponheim. Em 1 506 foi designado para o convento de São Jaime, perto de Würzburg, onde morreu em dezembro de 1516.

    Afirmava ele que as forças, secretas da Natureza estavam confiadas a seres espirituais. Grande era o número de seus discípulos e os que julgava dignos, admitia-os em seu laboratório, onde se manipulava toda espécie de experiências de alquimia e de magia.

    Conforme dissemos, Paracelso empreendeu sua grande viagem a Würzburg. Na ocasião estava algo mais robusto, embora sua compleição continuasse franzina. Quando se fixou na referida cidade, o abade Tritêmio era considerado um bruxo perigoso pela gente ignorante. Penetrara ele certos mistérios da Natureza e do mundo espiritual; deu casualmente com alguns fenômenos raros que hoje em dia chamamos de magnetismo e telepatia.

    Em certas experiências psíquicas obteve êxitos surpreendentes; talvez tenha sido ele o primeiro que nos falou da transmissão do pensamento à distância. Devem-se a ele os primeiros ensaios da criptografia ou escrita secreta. Era também um grande conhecedor da Cabala, por meio da qual fornecera profundas interpretações das passagens proféticas e místicas da Bíblia. Por isso colocava as Sagradas Escrituras acima de todos os estudos; seus alunos tinham que dedicar-lhes toda sua atenção e todo seu amor.

    Com isto, Paracelso ficou influído por todo o resto de sua vida, de vez que o estudo da Bíblia constituiu posteriormente uma das tarefas que o ocuparam com mais intensidade. Em seus escritos encontramos o testemunho do seu conhecimento perfeito da linguagem e do profundo significado esotérico do Magno Livro.

    Embora seja fato inconteste que estudou as Ciências Ocultas com o abade Tritêmio, chegando a conhecer as forças misteriosas do mundo visível e invisível, não é menos certo que abandonou de repente certas práticas mágicas, por julgá-las indignas e contrárias à divina vontade. Tinha aversão, sobretudo, à necromancia praticada por homens pouco escrupulosos, convencido de que por meio dela só se atraíam forças maléficas. Recusou, igualmente, todo ganho pessoal que pudesse auferir do exercício da magia, pois esta, segundo pensamento dele, só era permitida quando visasse curar desinteressadamente ou fazer outro bem qualquer a nossos semelhantes.

    Foi com este intuito que se lançou às investigações e experiências de magia divina. Discernia perfeitamente o alimento mental e espiritual daquele que era impróprio e enganoso, para conseguir a união de sua alma com a divindade.
    Curar os homens conforme Cristo fizera — nisto consistia todo o seu desejo ardente. E quem sabe se a própria comunhão com o Senhor não o credenciaria com este poder sublime? Entrementes, recebia de Deus a graça de saber procurar e encontrar todos os meios de cura com os quais o Criador provera a Natureza.


    PARACELSO, MÉDICO E ALQÜIMISTA
     

    Como dissemos anteriormente, Paracelso entregou-se com um ardor e entusiasmo sem limites ao estudo profundo da Alquimia. "A Alquimia"— diz nosso biografado — "não visa exclusivamente obter a pedra filosofal; a finalidade da Ciência Hermética consiste em produzir essências soberanas e empregá-las devidamente na cura das doenças".

    Contudo, não pôde fugir à preocupação dominante da época e durante algum tempo se ocupou também daquelas práticas alquímicas que ensinam a transformar em ouro os metais "impuros".

    De acordo com alguns autores, saiu triunfante em seu magno cometimento e, depois que satisfez a sua curiosidade, não prosseguiu em sua obra, pois outro fim não perseguia senão a evidência de certas doutrinas, para poder falar delas com plena convicção, condição que ele acreditava, com toda certeza, indispensável.

    Ao falarem dele como alquimista, os biógrafos de Paracelso colocam-no na categoria mais elevada. Todos afirmam unanimemente que era dotado de um poder escrutinador que lhe permitia penetrar o próprio espírito das coisas da Natureza.
    Peter Romus escreve: "Paracelso penetra os recônditos mais profundos da Natureza, explora-os e, através de suas formas, sabe ver a influência dos metais, com uma penetração tão sagaz, que chega a extrair deles novos remédios".

    Melchor Adam, um dos biógrafos de Paracelso que mais estudou sua personalidade do ponto de vista científico, declarou: "No que se refere à filosofia hermética, tão árdua e tão misteriosa, ninguém o igualou".

    Abandonou ou, para nos expressarmos melhor, rejeitou o estudo da Crisopéia ou seja a arte de "fazer ouro", porque isto repugnava a seu espírito nobre e desinteressado; mas, aproveitou grande número de práticas alquímicas que, a seu critério, podiam ser desenvolvidas e aplicadas à Medicina. Estava convencido de que quase todos os minerais submetidos à análise podiam revelar-nos grandes segredos curativos e vivificantes e levar a novas combinações perfeitamente eficazes para certas doenças mentais ou físicas. Como base própria da divina criação, observou com atenção que toda substância dotada da vida orgânica, embora aparentemente inerte, encerrava grande variedade de potência curativa.

    Ao contrário do que faziam seus contemporâneos, não qualificava de divina a Alquimia, cujo único objetivo era fabricar ouro. Para ele, os fogos do fornilho crisopéico tinham outras grandes utilidades e aqueles que atuavam sob a divina intuição logo se transformavam em fogos purificadores em benefício da humanidade.
    Vejamos, agora, algo sobre a bibliografia de Paracelso, que foi muito vasta. Hoje em dia são pagos a peso de ouro os livros deste homem genial, principalmente suas primeiras edições. Todas as suas obras originais foram diversas vezes reeditadas e traduzidas, por sua vez, em todos os idiomas cultos. Não pretendemos,.pois, nem sequer fazer um resumo de sua prolixa produção; limitar-nos-emos a citar algumas das obras menos conhecidas:

    Opera Omnia Medico-Chirurgica tribus voluminibus comprehensa. Genebra, 1 658. Três volumes in-fólio.

    Nesta obra está reunido quase todo o seu labor. índice: Volume I: Tratados médico, patológico e terapêutico ocultos. Mistérios magnéticos. Volume II:Obras mágicas, filosóficas,   cabalísticas,   astrológicas  e  alquímicas.   Volume  III: Anatomia e cirurgia propriamente ditas.

    Arcanum Arcanorum seu Magisterium Philosophorum. Lcipzig, 1 686. Um volume in-8.°.

    Também esta obra é interessantíssima, por tratar extensamente das Ciências Ocultas. Foi reeditada em Frankfurt, em 1 770.

    Disputationum de Medicina Nova Philippi Paracelsi. Pars prin in qua quias de remediis superstitionis et magicis curationibus ille prodidit, proecipue examinantur a Thoma Erasto, medicina schola Heydelbergenti professore ad ilustris, principium. Liber omnibus quarumcunq; artium et scientiarum studiosis opprime cum necessarius tum utilis. Basileae apud Petrum Perna, sem ano (1 536). Um volume in 4.o.

    Além de seu alto valor científico, esta obra desperta um interesse muito grande porque nela se encontra a luta travada com Tomás Erasto, o inimigo mais temível de Paracelso.

    Limitamo-nos a citar apenas estas três obras em latim por julgarmos que com elas se pode formar um juízo perfeito do célebre médico, encarado sob todos os pontos de vista.

    São muitíssimo mais numerosas as obras que publicou em latim e alemão. Também as suas traduções são numerosas.

    O Manuel Bibliographique des sciences psichiques, de Alberto L. Caillet, cita mais de trinta títulos e se deve levar em conta que referida bibliografia data de 1913. Temos conhecimento de muitas reimpressões posteriores a dita data. Entre estas últimas citaremos a seguinte, por considerá-la muito interessante:

    Paracelse (Théophraste): Les sept Livres de /’Archidoxe Magique, traduits pour Ia premiere fois en français, texte latin en regard. Paris, 1 929. Um volume in-4.o.

    Contém numerosos segredos e talismãs preciosos contra a maior parte das doenças, para conseguir uma vida sem inquietudes; sobre a vida dupla, etc.

    As obras de Paracelso, como todas as que tratavam de ciências ocultas — astrologia, magia, alquimia, etc. — contêm algumas frases obscuras que somente os iniciados conheciam em todo o seu valor. Os alquimistas velavam, principalmente, seus segredos por meio de símbolos e frases alegóricas, a que os leigos no assunto atribuíam as mais grotescas interpretações, quando os tomavam ao pé da letra. Iniciado que fora pelo abade Tritêmio, Paracelso adotou sua terminologia, acrescentando, por seu arbítrio, termos originários ora da índia ora do Egito.

    No glossário de Paracelso vemos que o princípio da sabedoria se chama Adrop e Azane, que corresponde a uma tradução esotérica da pedra filosofal. Azoth é o princípio criador da Natureza ou a força vital espiritualizada. Cherio  é  a quintessência de  um corpo, seja ele animal, vegetal ou mineral; é o seu quinto princípio ou potência. Derses é o sopro oculto da Terra que ativa seu desenvolvimento. Ilech Primum é a Força Primordial ou Causai. Magia é a sabedoria, é o emprego consciente das forças espirituais, que visa a obtenção de fenômenos visíveis ou tangíveis, reais ou ilusórios; é o uso benfeitor do poder da vontade, do amor e da imaginação; representa a força mais poderosa do espírito humano empregada em prol do bem. Magia não é bruxaria.

    Poderíamos encher páginas e mais páginas, citando termos do glossário de Paracelso e dos alquimistas em geral, porém julgamos que são suficientes os que transcrevemos para dar uma idéia do caráter oculto de sua terminologia.

    A chave, contudo, dessa linguagem misteriosa não se perdeu. Foi guardada zelosamente pelos cabalistas e transmitida oralmente entre os iniciados. Atualmente, os possuidores de dita chave são os chamados martinistas e os rosa-cruzenses.

    Graças a ela, o sistema filosófico-religioso (2) de Paracelso pôde ser recuperado em toda a sua integridade.

    Observamos que ele estabeleceu uma divisão dos elementos a serem estudados nos corpos animais, vegetais ou minerais. Dividiu-os em Fogo, Ar, Água e Terra, conforme tinham procedido também os antigos. Estes elementos se acham presentes em todo corpo, seja ele organizado ou não, e separáveis uns dos outros. Para efetuar a separação eram indispensáveis os laboratórios com material adequado. O fornilho era insuficiente; carecia-se de um fogo capaz de tornar vermelho vivo o crisol para aumentar constantemente o calor quando se tornasse necessário. Necessitava-se de uma contínua provisão de água, de areia, de limalhas de ferro a fim de aquecer gradativamente os fomilhos. Nos armários e mesas dos laboratórios havia balanças perfeitamente aferidas e niveladas, almofarizes, alambiques, retortas, cadinhos- esmaltados,  vasos  graduados, grande quantidade de vasilhas de cristal, etc. além de um alambique especial para realizar as destilações.

    Com um laboratório bem equipado, o alquimista capaz de aplicar-se rigorosamente, exercido na minuciosa observação das regras alquímicas, está em condições de verificar as diferentes operações indispensáveis para analisar as substâncias escolhidas e extrair delas a quintessência ou o Arcana, isto é, as propriedades intrínsecas dos minerais e vegetais.

    As vezes infinitesimal em quantidade até nos grandes corpos, a quintessência afeta, contudo, a massa em todas as suas partes, da mesma forma que uma única gota de bílis produz o mau. humor ou uns centigramas de açafrão são suficientes  para colorir uma grande quantidade de água.

    Os metais, as pedras e suas variedades trazem em si mesmos a sua quintessência, o mesmo que os corpos orgânicos e, embora sejam considerados sem vida, possuem essências de corpos que viveram.
    Estamos aqui diante duma notável afirmação, que Paracelso sustenta com sua teoria de transmutação dos metais em substâncias diversas, teoria que também os ocultistas modernos defendem.

    Que clarividência possuía este homem a respeito do reino mineral! Ninguém poderá negar a Paracelso o título verdadeiro de sábio, pois ele, com suas investigações sutis, soube arrancar os mais recônditos segredos da Natureza, que hoje em dia, sem dúvida, a ciência explica melhor, graças a descobrimentos de observadores que dispõem de maiores meios científicos, como demonstraram Madame Curie e seus colaboradores. Quando examinamos o novo sistema de filosofia natural desenvolvido por Paracelso, não devemos esquecer que já transcorreram quatro séculos desde o seu aparecimento. Na realidade, foi ele quem concebeu ditas investigações, inspirando com elas os grandes luminares de sua época e das gerações que se seguiram (3).

    Suas análises eram efetuadas por meio de diferentes processos: pelo fogo, pelo vitríolo, pelo vinagre e pela desti-laçâo lenta; suas investigações principais ocuparam-se das propriedades curativas dos metais, antecipando-se ao que hoje chamamos de metaloterapia; contou com a colaboração do famoso bispo Erhard de Lavanthall, o qual incluiu no número dos seus mestres. O bismuto foi uma das substân-cias que analisou com preferência, classificando-o de semi-metal; e foi certamente em virtude de dita substância, que previu a existência das propriedades ativas dos minerais, que surgiram os processos da transmutação. Descobriu igualmente o reino, que classificou também de semimetal, constituindo-se numa das numerosas contribuições que trou-xe à farmácia.

    Entre estas contribuições temos preparações de ferro, de antimônio, de mercúrio e de chumbo. O enxofre e o ácido sulfúrico foram objeto de interesse e práticas especiais, representando para o seu espírito uma substância fundamental, de vez que materializava a volatilidade. Realizou investigações sobre amálgamas com o mercúrio e com o cobre, sobre o alúmen e seus usos e sobre os gases produzidos pela solução e pela calcinação. Considerava como indestrutível e secreta parte de uma substância aquilo que permanecia em estado de cinza, devido à calcinação: seu sal, incorruptível. É o ca sal sidérico dos alquimistas.

    Estas investigações culminaram em sua Teoria das Três Substâncias, bases necessárias a todos os corpos, a que ele chamou de enxofre, mercúrio, sal, em sua linguagem cifrada.

    O enxofre significa o fogo; o mercúrio, a água; o sal, a terra. Ou, de outra maneira: a volatilidade, a fluidez, a solidez. Omitiu o ar por considerá-lo produto do fogo e da áua. Todos os corpos, orgânicos ou minerais: homem ou metal:ferro, diamante ou planta constituíam, segundo ele, combinações variadas desses elementos fundamentais. Seu ensinamento sobre a base e as qualidades da matéria se cinge a essa Teoria dos Três Princípios, que considerava como premissas de toda atividade os limites de toda análise e a parte constitutiva de todos os corpos. São eles a alma, o corpo e o espírito de toda matéria, que é única. A potência criadora da Natureza, que ele denominou Archeus, proporciona à matéria uma infinidade de formas, contendo cada uma delas seu álcool, ou seja sua alma animal e, por seu turno, seu Ares, ou seja seu caráter específico. Além disso, o homem possui o Afuech, ou seja a parte puramente espiritual.

    Esta força criadora da Natureza é um espírito invisível e sublime: é como um artista e artesão que se compraz, variando os tipos e reproduzindo-os. Paracelso adotou os termos Macrocosmo e Microcosmo para expressar o grande mundo (Universo) e o pequeno mundo (o Homem), os quais considera reflexo um do outro.

    Além das investigações supracitadas, descobriu o cloreto, o ópio, o sulfato de mercúrio, o calomelano e a flor de enxofre. Em fins do século passado receitava-se ainda às crianças um laxante composto de xarope de morangueiro e uns pós cinzentos, constituindo remédio excelente devido à terapêutica de Paracelso; da mesma forma que o ungüen-to de zinco, que nunca deixou de ser receitado, tem. sua origem no laboratório paracelsiano. De igual modo, foi ele o primeiro a utilizar o mercúrio e, para certas doenças de-pauperantes, o láudano.

    Paracelso escrevia com uma clareza meridiana. Somente em seus escritos sobre alquimia se acham certas frases enigmáticas, como acontece com todos os demais autores que tratam de dita matéria. Em seu estilo não se vê nenhuma complicação, nada daquela verbosidade empolada e torturada própria da Renascença. Sua frase é contundente e expressa-se como homem convencido de que conhece a fundo o assunto de que trata. Em algumas de suas obras deparamos com a breve e fecunda expressão de um clarivi-dente   e   seus  pensamentos aparecem   revestidos de  uma linguagem que os coloca à altura dos aforismos que perduram através dos séculos.

    "A  Fé — diz ele — é uma estrela luminosa que guia o         investigador através dos segredos da Natureza. É preciso que busqueis vosso ponto de apoio em Deus e que coloqueis a vossa confiança num credo divino, forte e puro; aproximai-vos Dele de todo o coração, cheios de amor e desinteressadamente. Se possuirdes esta fé, Deus não vos esconderá a verdade, mas, pelo contrário, vos revelará suas obras de maneira visível e consoladora. A fé nas coisas da terra deve sustentar-se por meio das Sagradas Escrituras e pelo Verbo de Cristo, única maneira de repousar sobre uma base firme."

    Em nenhum outro dos seus escritos se observa a precisão de estilo que predomina em sua tese sobre os "Três Princípios", suas formas e seus efeitos. Um pequeno excerto pode dar uma idéia mais aproximada de sua concepção do que muitas páginas descritivas.

    O livro foi editado em Basiléia, em 1 563, por Adam do Bodenstein, o qual em seu prólogo diz que Paracelso fora indignamente caluniado e que muitos médicos que lhe denegriam o nome se haviam aproveitado de suas descobri ias e roubaram-lhe muitas de suas idéias.

    Neste pequeno volume, Paracelso começa com uma exposição de sua teoria dos Três Princípios; sustenta que Cada substância ou matéria em crescimento é constituída de Sal, Enxofre e Mercúrio; a força vital consiste na união dos três princípios; existe, portanto, uma ação tríplice, Sempre atuante para cada corpo: a ação da purificação por meio do sal,  a da dissolução ou consumação pelo enxofre e a da eliminação pelo mercúrio.

    O sal é um alcalino; o enxofre, um azeite; o mercúrio, um licor (a água), mas cada uma das matérias possui sua ação separadamente das outras. Nas doenças de certa complicação, as curas mistas são indispensáveis.

    Deve-se ter o maior cuidado no exame de cada doença: identificar se é simples, de duas espécies ou tríplice; se é oriunda do sal, do enxofre ou do mercúrio e que quantidade contém de cada elemento ou de todos; qual a sua relação com a parte adjacente do corpo, a fim de saber se convém extrair dela o álcali, o azeite ou o licor; em resumo, o médico deve procurar não confundir duas doenças.

    "A. Virtude — acrescenta Paracelso — é a quarta coluna do templo da Medicina e não há de fingir; significa o poder que resulta do fato de ser um homem na verdadeira acepção da palavra e de possuir não somente as teorias relativas ao tratamento da doença, mas igualmente o poder de curá-las".

    Da mesma forma que o verdadeiro sacerdote, o verdadeiro médico é ordenado por Deus. Com respeito a isto assim se expressa Paracelso:

    "Aquele que pode curar doenças é médico. Nem os imperadores, nem os papas, nem os colegas, nem as escolas superiores podem criar médicos. Podem outorgar privilégios e fazer com que uma pessoa, que não é médico, aparentemente o seja; podem conceder-lhe licença para matar, mas não podem dar-lhe o poder de curar; não podem fazer dessa pessoa um médico verdadeiro, se já não foi ordenada por Deus .

    "O verdadeiro médico não se jactanciade sua habilidade nem elogia suas medicinas, nem procura monopolizar o direito de explorar o enfermo, pois sabe que é a obra que há de louvar o mestre e não o mestre a obra.

    "Há um conhecimento que deriva do homem e outro que deriva de Deus por meio da luz da Natureza. Quem não nasceu para ser médico, nunca o será. O médico deve ser leal e caritativo. O egoísta muito pouco fará em favor dos seus enfermos. É muito útil a um médico conhecer as experiências dos demais, mas toda ciência de um livro não é suficiente para tornar um médico, a menos que seja por natureza. Somente Deus dá a sabedoria médica" (4).

    No capítulo II descreve as três maneiras como o sal limpa e purga o corpo diariamente pela vontade do Archeus ou a força vivificante, inerente a cada órgão. No mundo dos elementos há várias espécies de álcalis, como a cássia, que é doce; o sal-gema, que é acre; o acetado de estanho, que é azedo; a colocíntida, que é amarga. Determinados álcalis são naturais enquanto que outros são extratos; e outros ainda se acham coagulados e atuam, por expulsão ou por transpiração ou por outros meios.

    No capítulo III há uma explicação da ação do enxofre corporal. Assim fala ele: "Cada doença resultante do supérfluo no corpo, tem seu antídoto na mistura elemental; de sorte que com a genera das plantas e dos minerais se pode descobrir a origem da doença; uma descobre o outro. O mercúrio absorve o que o sal e o enxofre repelem. É o que sucede com as doenças das artérias, dos ligamentos, das articulações e das juntas. Nestes casos o mercúrio fluido deve ser ministrado com fórmula especial que melhor corresponda à forma da indisposição. O essencial da doença reclama o essencial que a Natureza indica como remédio.

    "É preferível — diz ele — denominar a lepra doença de ouro, já que com o nome indicamos, em si, o remédio. É igualmente melhor chamar a epilepsia a doença do vitríolo, toda vez em que é curada com o vitríolo.

    "Na verdade, meus predecessores não me esclareceram muito na arte de curar. Esta arte se esconde misteriosamente nos arcanos da Natureza. Por isso me esforço por aprofundá-la e todas as minhas teorias pretendem provar a força vivificante do Archeus".

    No capítulo V trata das doenças encarnativas e de sua origem.
    "Estas doenças — escreve Paracelso — derivam todas do mercúrio. As feridas e úlceras, o câncer, as erisipelas só podem ser curadas pelas várias forças mercuriais dos minerais e das plantas. Cada médico deve esforçar-se por encontrá-las, descobri-las por si mesmo, a fim de que saiba que quantidade de matéria mercurial encerram e possa prepará-las. Ditas forças encontrá-las-á no grau de calor apropriado, com o fim de extrair a essência da massa.

    "Podereis intitular-vos doutores quando souberdes manejar cada substância para tirar dela o remédio adequado. A prática é indispensável; as teorias não bastam."

    No capítulo VI trata da destilação dos bálsamos compostos de substâncias absorventes e de percussivos sulfúricos e dá a conhecer uma infinidade de fórmulas, todas elas devidas à sua experiência.

    Com o capítulo VII termina o livro, fazendo uma longa dissertação sobre o Archeus, o "coração dos elementos", de força criadora e vivificante.

    "Devido a esta força, de uma pequena semente nasce a árvore. O poder dos elementos faz com que a planta viva e se desenvolva. Por esta mesma energia os animais nutrem-se e crescem. Esta força reside, também, no corpo humano: cada órgão possui sua energia própria, que o fortifica e renova; se assim não fosse, pereceria. Por isso, a força do Archeus representa, em cada um dos membros do corpo humano; a força criadora e vivificante do Macrocosmo e do Microcosmo.


    PARACELSO, MÍSTICO


    Sem dúvida, Paracelso foi um místico. Sua filosofia espiritual foi filha de seu precoce conhecimento do neoplatonismo; tinha como base a união com Deus. Mediante esta união o espírito do homem procurava vencer as más influências, descobrir os arcanos da Natureza, conhecer o bem, discernir o mal e viver sempre dentro da fortaleza divina.

    Paracelso. soube identificar a mão de Deus em toda a Natureza: nas entranhas das montanhas, onde os metais esperam a sua vontade; na abóbada celeste, onde "por meio Dele se movem o sol e as estrelas"; nas ribeiras, onde sua liberalidade derrama toda sorte de alimentos e a bebida para o homem; nos verdes prados e nos bosques, onde crescem miríades de ervas e de frutos benfazejos; nas fontes que proporcionam suas propriedades curativas. Enfim, viu que a terra era a grande obra de Deus e que era preciosa a seus olhos.

    Paracelso era uma inteligência forte e clara. Era bom e lambem sábio. Sua vida errante jamais o despojou dessa bondade que constantemente fez resplandecer os generosos impulsos de sua alma. Sentia como um artista e pensava como um filósofo; por isso soube irmanar as leis da Natureza com as da alma. Esta sensibilidade artística que nunca o abandonava constituiu a ponte entre Paracelso homem e observador visionário da Realidade, ponte maravilhosa que repousava sobre as travessas de uma nova humanidade: a Renascença. E sobre esta ponte audaz procedeu à construção do Universo, do qual Paracelso foi um de seus maiores arquitetos; pois, outra coisa não foi a declaração dos princípios do progresso espiritual, completada um pouco mais tarde por Giordano Bruno, poeta, filósofo, artista e investigador da Natureza.

    Como as ondas do mar, o sentimento da Natureza se estendeu de Paracelso até os homens do futuro, entre os quais C.omenius e Van Helmont. Estes compreenderam, igualmente, a consagração das investigações e a alegria inefável de descobrir as Leis Divinas. Paracelso possuía essa propriedade que ainda hoje admiramos nos místicos clássicos. Via a Deus tanto na Natureza como no microcosmo e, pela meditação, foi tocado pela graça divina. Suas conclusões filosóficas formam a moral de um humanismo cristão. A confraternidade íntima dos filhos de Deus deve nascer de uma humanidade bem ordenada, do saber humano e do inapreciável valor da alma, em cada um dos seus membros.

    Este Universo de formas e forças infinitas e, em sua unidade e em sua interdependência, a revelação das leis de Deus; a Natureza constitui o esteio e o verdadeiro amigo dos enfermos. E esta Natureza se acha em todas as parles: na terra, onde o semeador opera seus milagres, ao confiar-lhe a semente; nas montanhas, onde morrem as árvores velhas para dar lugar às que nascem; nas florestas murmurantes; nas sebes; nos lagos, onde o sol brinca com a água; em todos os lugares está viva e eterna a mãe Natureza.

    Paracelso emoldurou a Natureza com vistosas imagens, comparações acertadas, engenhosas alegorias e parábolas de sentido profundo. Numa linguagem rica e substanciosa, apresenta-nos o curso das estações, sua proximidade e seu fim. Pinta-nos a primavera, quanto os novos ritmos se balançam álacres pelo ar; o verão, quando a jovem vida caminha rumo à colheita e o tempo revela os frutos sazonados; o outono, quando o trabalho chega ao seu fim e a vida enlan-güesce; e, finalmente, descreve-nos o inverno, fazendo-nos sentir a doce visão de uma morte suave e tranqüila.

    Como bom cristão, seguiu os ensinamentos de Jesus. "O que Deus quer são nossos corações — diz no Tratado das Doenças Invisíveis — e não as cerimônias, já que com elas a fé Nele perece. Se queremos buscar a Deus, devemos buscá-lo dentro de nós mesmos, pois fora de nós jamais o encontraremos". Toma como ponte de apoio a Vida e a Doutrina de Nosso Senhor, porque nela está a única base de nossa crença:

    "Ali está ela, na Vida Eterna, descrita pelos Evangelhos e nas Escrituras, onde encontramos tudo o de que necessitamos, tudo em absoluto.

    "Só em Cristo há estado de graça espiritual e por nossa fé sincera seremos salvos. Basta-nos a fé em Deus e em seu único Filho. O que nos salva é a infinita misericórdia de Deus, que perdoa nossos erros. O Amor e a Fé são uma mesma coisa: o amor deriva da fé e o verdadeiro cristianismo se revela no amor e nas obras do amor."

    Acreditava que a perfeição da vida espiritual fora designada por Deus para todos os homens e não apenas para alguns anacoretas, monges e religiosos que não dispunham de nenhum mandato especial do Senhor para tomar sobre si a exclusividade de uma santidade a que muito poucos podem chegar.

    "O reino de Deus — acrescenta Paracelso — contém uma revelação íntima com nossa vida de fé e de amor, uma infinidade de mistérios que a alma penetrante vai descobrindo um por um. São os mistérios da providência de Deus, que todo aquele que investigar acabará encontrando; são os mistérios da união com Deus; é o tabernáculo secreto, cujas portas se abrirão para todo aquele que clame. E os homens que sabem perscrutar e chamar são os profetas e os benfeitores de seu reinado. A eles são entregues as chaves que hão de abrir os tesouros da terra e dos céus. E eles serão os pastores, os apóstolos do mundo."

    Mais adiante fala da medicina, nos seguintes termos:
    "A Medicina se fundamenta na Natureza, a Natureza é a Medicina, e somente naquela devem os homens buscá-la. A Natureza é o mestre do médico, já que ela é mais antiga do que ele, e ela existe dentro e fora do homem. Abençoado, pois, aquele que lê os livros do Senhor e que anda pela senda que lhe foi indicada por Ele. Estes são os homens fiéis, sinceros, perfeitos em sua profissão; andam firmes debaixo da plena luz do dia da ciência e não pelos abismos obscuros do erro… Porque os mistérios de Deus rta Natureza são infinitos; Ele trabalha onde quer, como quer, quando quer. Por isso devemos investigar, chamar, interrogar. E a pergunta brota: Que categoria de homem deve ser aquele que procura, chama e interroga? Quão verdadeira deve ser a sinceridade de tal homem! Quão verdadeira a sua fé, sua pureza, sua castidade, sua misericórdia!

    "Nenhum médico pode afirmar que uma doença é incurável. Se isto afirmar, está renegando a Deus, renegando a Natureza, desaprecia o Grande Arcano da Criação. Não existe nenhuma doença, por mais terrível que seja, para a qual   Deus   não   tenha   previsto a correspondente cura."

    Conforme vimos, Paracelso era um místico e um cabalista perfeito, dentro do mais puro espírito cristão. Aceitou, contudo, muitas das crenças tão em voga em sua época referentes aos poderes ocultos e às forças invisíveis.

    Acreditava, igualmente, na existência real dos dementais, isto é, nos espíritos do fogo, aos quais dava o nome de acthnici; nos do ar, que chamava de melosinae; nos da água, que chamava de nenufdreni; e nos da terra, que denominava de pigmaci. Além disto admitia a realidade das dríadas, a que atribuía o nome de durdales, e dos espíritos familiares ( os deuses penates dos romanos), que alcunhava de flagae. Afirmou também a existência do corpo astral do homem, que chamava de aventrum, e do corpo astral das plantas, a que deu o nome de leffas.

    Do mesmo modo, tratou profundamente da levitação, que por ele foi chamada de mangonaria, e muito especialmente da clarividência, que denominava de necromancia. Acreditava nos duendes, nos fantasmas e nos presságios. Este último particular tem prejudicado sobremodo a fama de Paracelso, mas, quem sabe se dentro de um futuro não muito distante não servirá para admirá-lo como um visionário que se antecipou às afirmações feitas pelos modernos metapsiquistas comprovadas por esses investigadores do Mais-Além.

    Seu Arquidoxo Mágico, livro sobre amuletos e talismãs, é também muito interessante, de vez que nele expõe seu conhecimento da imensa força do magnetismo. Combinou metais debaixo de determinadas influências planetárias, com o objetivo de fabricar talismãs contra certas doenças, sendo que o mais eficaz deles é aquele que chama de Magneticum Magicum. Este talismã se compõe de sete metais (ouro, prata, cobre, ferro, estanho, chumbo e mercúrio) e nele estão gravados signos celestes e caracteres cabalísticos.

    Entendia, também, que as pedras preciosas possuíam propriedades ocultas para curar determinadas doenças. Os anéis e medalhas em que se montavam ditas pedras levaram o nome de gamathei. Cada um desses dixes possuía virtudes especiais. Uma de suas pedras preferidas era a chamada bezoar, que não é oriunda nem das montanhas nem das minas, mas que se forma, no estômago de certos animais herbívoros, por crescimentos justapostos e concêntricos de fosfatos de cálcio, que o estômago não conseguiu expulsar.

    Suas opiniões a respeito das pedras preciosas foram adotadas pelos membros da Rosa-Cruz, que elaboraram as interpretações físicas e espirituais dos poderes misteriosos do diamante, da safira, da ametista, do topázio, da esmeralda e da opala.
    MORTE DE PARACELSO.

    Muitas lendas foram inventadas em torno de sua morte. Uns diziam que os médicos de Salzburgo haviam contratado um rufião para que lhe seguisse os passos por toda parte, durante a noite, com a finalidade de jogá-lo num abismo; outros nos contam que lhe deram de beber vinho envenenado; porém, graças ao testemunho do Dr. Aberle, podemos hoje descartar essas vis suposições.
    O certo é que adoeceu e que seu mal ia progredindo dia a dia, como progrediu paralelamente sua fortaleza de espírito ante o fim próximo.


    Pouco antes de morrer ocupava-se ainda em escrever suas meditações sobre a vida espiritual. Um dos últimos fragmentos, que não conseguiu terminar, levava o seguinte título: "Referente à Santíssima Trindade, escrito em Salzburgo, durante a véspera da Natividade de Nossa Senhora". Este fragmento foi publicado por Toxites, em 1 570. Junto com o original havia várias passagens selecionadas e comentadas da Bíblia, escritas em folhas volantes.
    Os rápidos progressos da doença supreenderam-no em tão pacífica ocupação. A morte se introduzia silenciosa e furtivamente para extinguir a chama de seu espírito. Reconheceu a pálida mão que a intrusa lhe estendia e voltou-se para ela de maneira doce e sossegada.


    Todavia, faltava-lhe realizar o último trabalho. Dispunha de alguns bens: seus livros, suas roupas, suas drogas, suas ervas; e era preciso distribuir tudo isso com eqüidade, mas via-se impossibilitado de fazê-lo legalmente em seu laboratório de Plaetzl. Alugou então um aposento na Pousada do Cavalo Branco, na Kaygasse, bastante espaçoso para quarto de um doente e ao mesmo tempo de despacho de seus negócios. Mudou-se para lá no dia 21 de setembro, vigília de São Mateus. O escrivão público Hans Kalbsohr e seis testemunhas se reuniram em torno do seu leito para ouvir e atestar suas derradeiras vontades.


    Paracelso estava sentado em seu leito. O primeiro artigo do seu testamento reza textualmente:

    "O mui sábio e honorável Mestre Teofrasto de Hohenheim, doutor em Ciências e Medicina, débil de corpo, sentado em seu rústico leito de campanha, porém com espírito lúcido, probo de coração, entrega sua vida, sua morte, sua alma à salvaguarda e proteção do todo-poderoso.-Sua fé inquebrantável espera que o Eterno Misericordioso não permitirá que os amargos sofrimentos, o martírio e a morte de seu Filho Único, Nosso Senhor Jesus Cristo, sejam estéreis e impotentes para a salvação deste seu humilde servo".

    Em seguida determinou as disposições concernentes ao seu enterro e escolheu a igreja de São Sebastião, que ficava além da ponte. Para ali teve que ser transportado o seu corpo; quis que lhe entoassem os salmos um, sete e trinta. Entre cada um dos referidos salmos se distribuiria dinheiro   aos  pobres  que estivessem  em  frente  à  igreja.

    A escolha dos salmos é algo significativo; constitui a confissão de sua fé e a convicção de que sua vida não tinha que morrer no esquecimento; antes, porém, que tinha que passar para a imortalidade.

    Depois da solene cena descrita, viveu tão-só três dias. Sem dúvida, expirou na Pousada do Cavalo Branco. A morte não lhe causava horror. Segundo ele, a morte era "o fim de sua jornada trabalhosa e a colheita de Deus".

    Seu falecimento se deu no dia 24 de setembro, dia de São Ruperto, festa muito celebrada em Salzburgo, que naquele ano calhou ser em dia de sábado. O Príncipe Arcebispo ordenou que os funerais do grande médico se celebrassem com toda pompa. A cidade se achava repleta de forasteiros, pessoas do campo e muitos estrangeiros.

    Cinqüenta anos depois de sua morte, seu túmulo foi aberto; foram retirados os seus ossos para serem trasladados para outra sepultura melhor disposta, encravada numa das paredes da igreja de São Sebastião.

    O executor testamentário de Paracelso, Miguel Setznagel,   mandou  colocar uma  lápide de  mármore vermelho sobre o túmulo, com uma inscrição comemorativa, que dizia o seguinte, em latim:
    "Aqui jaz Felipe Teofrasto de Hohenheim. Famoso doutor em Medicina que curou toda espécie de feridas, a lepra, a gota, a hidropisia e várias outras doenças do corpo, com ciência maravilhosa. Morreu no dia 24 de setembro de 1 541."


    Biografia in As plantas Mágicas - Botânica Oculta. Ed. Hemus. Tradução de Attílio Cancian.


    Eu enocntrei este texto neste site abaixo indicado, copiei e compartilhei. 




    Fonte: http://www.mortesubita.org/biografias/biografia/paracelso


    DIA DE HOJE

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    Só existem dois dias no ano que nada pode ser feito.
    Um se chama ontem e o outro se chama amanhã,portanto hoje é o dia certo para amar, acreditar, fazer e viver.
    Ame,acredite e principalmente faça.
     Dalai Lama  



    Namaste! 
    Paz e luz no coração de todos!
    Abraços sublimes
    Norma Villares

    Os oito versos que transformam a mente

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    1. Com a determinação de alcançar
    o bem supremo em benefício de todos os seres sencientes,
    mais preciosos do que uma jóia mágica que realiza desejos,
    vou aprender a prezá-los e estimá-los no mais alto grau.

    2. Sempre que estiver na companhia de outras pessoas, vou aprender
    a pensar em minha pessoa como a mais insignificante dentre elas,
    e, com todo respeito, considerá-las supremas,
    do fundo do meu coração.

    3. Em todos os meus atos, vou aprender a examinar a minha mente
    e, sempre que surgir uma emoção negativa,
    pondo em risco a mim mesmo e aos outros,
    vou, com firmeza, enfrentá-la e evitá-la.

    4. Vou prezar os seres que têm natureza perversa
    e aqueles sobre os quais pesam fortes negatividades e sofrimentos,
    como se eu tivesse encontrado um tesouro precioso,
    muito difícil de achar.

    5. Quando os outros, por inveja, maltratarem a minha pessoa,
    ou a insultarem e caluniarem,
    vou aprender a aceitar a derrota,
    e a eles oferecer a vitória.

    6. Quando alguém a quem ajudei com grande esperança
    magoar ou ferir a minha pessoa, mesmo sem motivo,
    vou aprender a ver essa outra pessoa
    como um excelente guia espiritual.

    7. Em suma, vou aprender a oferecer a todos, sem exceção,
    toda a ajuda e felicidade, por meios diretos e indiretos,
    e a tomar sobre mim, em sigilo,
    todos os males e sofrimentos daqueles que foram minhas mães.

    8. Vou aprender a manter estas práticas
    isentas das máculas das oito preocupações mundanas,
    e, ao compreender todos os fenômenos como ilusórios,
    serei libertado da escravidão do apego.

    As oito preocupações mundanas são:

    1. Desejar elogios
    2. Rejeitar críticas
    3. Desejar o prazer
    4. Rejeitar a dor
    5. Desejar o ganho
    6. Rejeitar a perda
    7. Desejar a fama
    8. Rejeitar ser ignorado


    São tantos ensinamentos que fazem movimentar essa energia espiritual com propostas lúcidas e sensatas  para ensinar a cerca da trilha espiritual.  E este blog prima em trazer vários Mestres com seus ensinamentos, para  todos seres sensíveis aprender e saborear estas pérolas.  Estes Mestres vieram ao  planeta ensinando a edificação da alma.

    Esse texto foi ensinado por S.S. o Dalai Lama, no Brasil, em abril de 2006, no templo Zu Lai, em Cotia (SP).

    Paz Profunda!
    Norma Villares

    IMPORTANTE E NÃO IMPORTANTE

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    Aos olhos de Deus nada é grande ou pequeno. Se Ele não houvesse construído o pequenino átomo com exatidão e beleza perfeita, poderiam os céus ostentar a orgulhosa estrutura de Vega ou de Arcturo?

    As distinções entre "importante" e "não - importante" são seguramente, desconhecidas para o Senhor, a fim de evitar que, por falta de um alfinete, o cosmos se desmorone!


     Paramahansa Yogananda



    Eu encontrei esta imagem do Mestre Paramahansa Yogananda no site PINTURA DA ALMA, realizada pela artista Filipa Sabrosa, segue o endereço aí embaixoo:
     
    Veja abaixo a imagem em: pinturaparaalma.blogspot.com/
     Email:filipasabrosa@gmail.com

    O COMPLEXO DE JONAS

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    Jean Yves Leloup

    Jonas é aquele que foi chamado um dia: 'Meu filho, desperta e vai para Nínive, a cidade grande. Lá crianças estão matando crianças, jovens matam pessoas dormindo de madrugada, pais não estão nem aí com relação à juventude, todo mundo está pensando só em si... Vai para Nínive; lá a velhacaria é consagrada, os velhacos são aqueles que têm sucesso; uma pessoa pura, inocente, em Nínive, se falar num meio político, por exemplo, vai ser ridicularizada; uma pessoa honesta, pura, de bons sentimentos é motivo de riso... tem que ser esperta, tem que ser velhaca. Jonas, vai para Nínive, porque lá um jovem, se quiser demonstrar que tem um coração bom, se quiser ser bondoso, generoso, vai ser ridicularizado; tem que dar porrada! Jonas, vai para Nínive, porque esse povo está perdido; 40 dias mais e não haverá mais Nínive!' 


    Vocês notam que essa é uma mensagem muito atual. E Jonas foi para Nínive? Não! Ele pegou um barco mas foi para um Társis, um local tranquilo. Isso mostra, como nós temos uma tendência a fugir de nossas missões. Primeiro, há uma consciência interna que nos desperta, que nos coloca de pé. Pode ser uma crise, pode ser um terremoto, pode ser uma perda... mas há um momento em que você fica de pé. Porém, há sempre um convite sedutor da covardia e Jonas foge da sua própria promessa e, então, vem uma grande tempestade. Isso nos ensina que, quando você foge do seu próprio caminho você atrairá tempestades; não só para você, também para as pessoas que estão ao seu lado.

    E de novo, Jonas é despertado lá no porão do navio, e o Capitão diz: - O que você faz aí? Todos nós estamos rezando para os nossos deuses! Esse barco vai naufragar! Esse Titanic, não suporta mais! E de novo, Jonas é colocado de pé! O capitão representa a cabeça, representa às vezes essa dor de consciência que nós sofremos e que às vezes nos impõe uma insônia, nos impõe uma dor de cabeça, nos impõe uma doença... As doenças que vêem da profunda inteligência do nosso organismo. A doença não é ruim; se você a escuta ela se torna um texto sagrado a ser interpretado. Ela tem uma mensagem: a doença é um fax que você recebe e que diz: 'Você se desviou do seu caminho'. Eu levei muitos anos para aprender isso: quando nos desviamos do nosso caminho nós atraímos doenças, acidentes, nós atraímos infelicidade. Acontece que vivemos num momento tão perdido que dizemos 'tomou doril...'

     Não interpretamos e o telefone continua tocando; às vezes em outros números até que pode ficar tarde demais. Então, Jonas que estava dormindo no porão do navio, novamente foi colocado de pé pelo capitão que indaga por que ele não está clamando por seu Deus, como todos os outros. 

    Jonas era um fujão mas era, também, um homem sincero que me faz lembrar o poeta Omar Khayyan que inicia o seu Rubaiyat dizendo: 'Todos sabem que meus lábios nunca murmuraram uma oração. Não procurei nunca dissimular os meus pecados. Ignoro se existem realmente uma Justiça e uma Misericórdia. Mas, se existem, não desespero delas: fui sempre um homem sincero.'Quem pode dizer isso? Jonas foi sincero e disse : 'Eu sou a contradição, eu estou fugindo do meu Deus, estou fugindo da minha palavra, estou fugindo da minha voz mais profunda. Podem me atirar no oceano que a tempestade vai amainar.'Mas, os homens eram generosos e primeiro tiraram a sorte que apontou para Jonas.
    O que é sorte? É o que Jung chama de sincronicidade mas, os antigos, chamavam de sinais: eles ouviam o trovão, eles ouviam a coruja que pia, eles ouviam a pedra no meio do caminho, porque sabiam que faziam parte do Universo. Sabiam que eles não eram destacados do Universo e nós perdemos essa orientação, essa consciência de participação. Tornamo-nos pobres diabos jogados num mundo sem sentido... É isso que o normótico crê de si mesmo. Portanto, Jonas mergulha no oceano. Esse é um outro ensinamento muito importante; como dizia um grande sábio, mestre Eckart, diante da Inquisição: 'Eu posso me enganar mas eu não posso mais mentir'. Há um momento em que você não pode mais mentir, você vai sofrer tanto, vai atrair tanta tempestade, que você vai resolver mergulhar mais cedo ou mais tarde, um dia todos nós mergulharemos no poço de nós mesmos. E aí, Jonas terminou no ventre do grande peixe e lá ele de novo disse: 'Eu vou para a minha batalha, eu juro de novo, eu faço solene promessa'. Essa história prossegue! Não é meu objetivo dissecá-la hermeneuticamente, porém esses textos são muito antigos e são muito atuais e são muito contemporâneos.

    Em seguida, quero apenas ilustrar um pouco, através de alguns riscos, esse oceano onde Jonas mergulhou, esse poço que podemos chamar de ser humano. Sempre estamos aprisionados, isso ilustra bem o que somos; sempre estamos acorrentados, mas sempre podemos dar um jeitinho. 

    É isso que eu sei desde que eu nasci! Eu sou desses que guarda uma marca, uma ferida e a memória mais antiga que eu tenho de mim mesmo, é de estar amarrado, de ser prisioneiro. Eu me via um menino com grades na frente. Eu não sabia falar sobre isso, mas eu me sentia um prisioneiro. Eu olhava para os meus pais e via também grades na frente. É muito estranho, mas a recordação mais antiga que eu tenho de mim mesmo é a de um prisioneiro entre prisioneiros. Muito mais tarde eu precisei vir aqui para a Papuda que é o presídio de Brasília, durante anos, eu dei assistência para o pessoal que fazia formação comigo, porque o tema da prisão, de estar amarrado, sempre me fascinou. E foi lá na Papuda que eu aprendi que a grande prisão é a ignorância existencial, é não saber quem eu sou, nem de onde eu venho, nem para onde vou. É mais fácil, isso eu garanto, você arrebentar as paredes da Papuda, do que você transcender essas amarras sombrias que nos prendem ao desconhecimento do ser. Portanto, isso é uma situação muito familiar.

    Porém, eu tenho aprendido também que ninguém liberta ninguém e ninguém se liberta sozinho. E quando me convidam para uma palestra, eu venho. Não é para dar uma palestra, eu venho para me libertar, quem sabe! Porque nós nos libertamos num encontro. Isso eu tenho aprendido! Dar uma palestra seria muito pouco. 

    Quem sabe, podemos ampliar um pouco mais o nosso espaço de liberdade. É através do encontro. Isto aqui vale alguma coisa pela promessa de possibilidade de encontro e isso não é nada fácil porque para nos encontrarmos precisamos estar na mesma onda, na mesma frequência. E se você estiver pensando no ontem ou no amanhã, dançou! Nós perdemos este instante que é o mundo, que é o aqui e o agora. É o tempo do encontro, é o tempo da transformação é o tempo do mergulho no poço. 



    Amigos  este texto é muito significativo, por isso postei neste blog,para que possamos fazer muitas reflexões sobre a nossa vida.
    Sublimes abraços
    Norma



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